Coração Apaixonado
Capítulo I - Amor à Primeira Vista
Parte I
Parte I
“O
Senhor, o seu Deus, dará um coração fiel a vocês e aos seus descendentes, para
que o amem de todo o coração e de toda a alma e vivam”. Dt 30.6 NVI
Olá
querido leitor, é com grande alegria que desejo lhe apresentar este pequeno
livro “Coração Apaixonado”. Como diz o lema, vamos falar sobre viver
intensamente nosso amor ao Senhor! Sobre esse relacionamento de amor com Jesus,
veremos os seguintes aspectos: “Amor à primeira vista”, “Fidelidade versus
Troféus”, “Óleo na lâmpada” e “Eternos Apaixonados.
Amor a primeira vista
“O que era desde o princípio, o
que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que
contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida”. Jo 1.1
Amor à primeira vista. Nem todos nele creem.
Talvez ele de fato não exista e o que mais perto disso chegamos, seja aquela
indescritível sensação de quanto olhamos para uma pessoa e sentimos algo diferente, que não sabemos
explicar, mas, gostamos de sentir. Agora, com o tempo, com as provações...
Aquilo que foi um dia uma emoção gostosa
pode sim, evoluir e perseverar a ponto de tornar-se amor. Neste ponto, aquele
que ama, poderá olhar para trás e dizer: “Foi amor à primeira vista”!
Posso
dizer que assim é com o Senhor. Foi amor à primeira vista quando recebi Jesus
Cristo como meu Senhor e Salvador. Na hora foi algo gostoso, mas hoje, depois
de tantos desafios vencidos, olho para traz e vejo, de fato, é amor, amor
verdadeiro desde o primeiro encontro.
Na
verdade, Jesus já nos amou antes mesmo de existirmos (Ap 13.8; Ef 1.4; 1Pe
1.18-20). Ele nos amou antes da primeira vista e nos amou a primeira vista e
provou seu amor até a morte (Jo 15.13; Rm 5.8). Não um amor leviano, passageiro
e inconsequente. Um amor maduro e sadio. Quero contar um pouco sobre essa
história de amor. De como me apaixonei por Jesus.
Tive
o privilégio de crescer ouvindo histórias bíblicas, que minha mãe contava junto
à cama. Também, de ver bons princípios morais em me pai. Mas eles ainda não
conheciam Jesus da maneira como um dia eu viria a conhecer. Dentro do que
sabiam me ensinaram e sou grato a Deus por isso. Entretanto, minha avó, esta
sim, sabia quem era Jesus não apenas de ouvir falar (Jó 42.5), mas vivia com
Jesus. Pela manhã, quando com ela eu estava, me colocava em seu colo, me dava
um chimarrão e lia a Bíblia para mim. Depois, ela olhava pela janela e cantava.
Seguia seus afazeres assobiando ao Senhor! Cantava, orava e lia a palavra
fervorosamente. Embora a congregação de minha vó não ensinasse sobre isso, dizimava
fielmente.
Minha
avó sempre estava preocupada com os outros, montou uma farmácia caseira, para
ensinar as pessoas a fazer remédios. Também ensinava receitas de alimentos
nutritivos, pois aquele era e é o lugar mais pobre de nosso estado. Lembro-me
do dia em que o gás acabou, minha avó orou e continuou cozinhando suas comidas.
Fazia roupas, emprestava livros, ensinava e orava. Caminhava a distancia
necessária para falar do amor de Jesus a uma pessoa que fosse; até mesmo aos
inimigos. As pessoas riam-se dela. Achavam que ela deveria se preocupar mais
consigo mesma do que com os outros, afinal, estava se desgastando demais.
Outros achavam que ela era muita “pura”, ingênua e que não via como as pessoas
a usavam. Na verdade ela sempre soube sobre estas coisas, todavia, agia com
dano próprio (1Co 6.7), preferindo aos outros do que a si mesma (Rm 12.10). De
certo modo, eu pensava: “É bom seguir Deus, mas não posso ser exagerado como minha
avó”.
Um
dia, em uma escola Bíblica de férias, falaram sobre receber Jesus e eu aceitei.
Afinal, já conhecia aquela história. Mas foi tudo da boca pra fora. Ou melhor,
um primeiro passo na direção correta. Depois um retiro. Fui feliz da vida.
Diverti-me bastante. Um homem pegou o microfone e começou a falar muitas
coisas. Aquilo mexeu comigo e fui para frente fazer novamente a oração de
entrega. Desta vez foi diferente, era como se algo ardesse em mim (Hb 4.12; At
2.37; Lc 24.32). Aquele dia, realmente comecei a entender a Salvação. Sabia
pouco sobre o que fazer agora. Deveria ler a Bíblia todos os dias, orar e
dizimar como minha avó fazia. E foi o que fiz. Limitei minha fé por alguns anos
a isso.
Eu
não estava flertando com Jesus. Eu sabia que era algo sério, importante, e nos
princípios básicos que eu conhecia procurei ser fiel. Podia não saber muito,
mas estava me dedicando no que sabia! Muitas pessoas usam como desculpa o não
saber e não conhecer. Se eu tivesse me escondido atrás disso teria facilmente
me desviado. Foram quase 4 anos naquele ritmo. Tinha muita coisa errada na
minha vida. E depois destes 4 anos de conversão que o pessoal da igreja que
frequentava descobriu que eu tinha me convertido. Fiquei decepcionado com a
demora deles.
Neste
ínterim, sofri de uma catapora. Fiquei muito mal e deitado na cama, comecei a
lembrar de meus pecados e que estava saindo do caminho. Chorei muito e quando
sai da cama, estava convicto de que mais do que nunca, deveria viver para
Jesus! Agora era outro pastor que estava na comunidade, este, cuidava de mim.
Me discipulou e mostrou o amor de Jesus. Explicou sobre as Escrituras e foi-me
orientando a largar o erro. Ele teve que me aturar muito, era um jovem grosso
do interior e muito bravo, mas prevaleceu o amor.
Seu
nome é Samuel Augusto Piangers e ele me ensinou a ser apaixonado por Jesus e
colocar o Senhor em primeiro lugar na vida! Passei a ser um jovem radical por
Jesus. Cheguei a pegar um dia a bicicleta, pedalar 23 km no chão batido para ir
na casa do pastor me aconselhar e depois trabalhar o dia todo na reforma do
templo e voltar para casa de bicicleta novamente (ganhei carona na volta)! Às
vezes saia a pé crente de que ganharia uma carona. Realmente, não havia
impossíveis!
Linda história, que Jesus continue a te abençoar e que você permaneça firme até o fim, guerreiro do Senhor!
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