Caso Jesus não tivesse discipulado
bem aqueles homens eles não seriam cheios do Espírito Santo, se Jesus não os
tivesse discipulado não fariam as células e cultos de celebração. A estratégia
de Jesus foi investir acima de tudo no DISCIPULADO.
Em primeiro lugar, ele na condição
de homem, submeteu-se ao seu discipulador, Deus Pai, conversando com Ele em
todo tempo e se submetendo a Ele. Não fazia nada por si mesmo.
Em segundo, discipulando
intensamente 12 homens e destes, especialmente 3, Pedro, Tiago e João.
Antes de escolher seus próprios
discípulos, Jesus foi buscar direção de seu próprio discipulador e Pai. Conforme
Lc 6.12-16. E só então, depois de
passar a noite orando que ele escolheu para si discípulos.
É visível que Pedro, Tiago e João
se destacam desse grupo de 12. Por que será? Abramos nossas Bíblias em Tg 4.8. “Chegai-vos a Deus, e ele se
chegará a vós outros”.
Compreendem? Quanto mais buscamos ao Senhor mais Ele mesmo se aproxima de nós!
Pedro, Tiago e João se aproximaram
mais de Jesus e Jesus se aproximou mais deles!
Esse princípio é muito importante,
vejamos o que o próprio Jesus ensinou: Lc
19.26 “Pois eu vos declaro: a todo o que tem dar-se-lhe-á; mas ao que não tem,
o que tem lhe será tirado”.
Jesus contou uma parábola e ensinou este princípio. Pedro, Tiago e João
se achegaram a Jesus e Jesus se achegou a eles. Foram fiéis ao Senhor e o
Senhor lhes acrescentou liderança, autoridade, unção, dons... Judas não se
achegou a Jesus. Judas não foi fiel ao lugar que tinha como discípulo e até o
que tinha lhe foi tirado, foi riscado vergonhosamente do rol dos discípulos e
do livro da vida. Ao discípulo fiel, Pedro, mais foi acrescentado ao que já
tinha. Ao infiel, Judas, até o pouco que tinha lhe foi tirado. Mt 25.23 “foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei”.
Jesus investiu mais tempo nos
discípulos fieis do que nos problemáticos. Lendo os evangelhos vemos que o
tempo de Jesus foi investido principalmente em Pedro, Tiago e Joao. Por que?
Porque um discípulo fiel, pode ser bem cuidado e vai se tornar maduro, podendo
ajudar seu discipulador a cuidar de outras vidas.
Mas quando o discipulador investe
seu tempo, suas energias principalmente em alguém que não tem interesse, além
de não ter resultados nessa pessoa, não terá quem o ajude pois os ‘bons’
discípulos não terão se desenvolvido em tudo que poderiam.
Então qual o princípio Bíblico de
Deus? Investir mais em quem se dedica mais! Não estou falando de abandonar
completamente os desinteressados, mas em dar prioridade a quem é fiel!
Quer ser bem discipulado? Procure
seu discipulador! Não tem ainda? Então mostre serviço, mostre interesse e o
Senhor lhe dará um.
Às vezes preciso conversar com meu
discipulador e ele não pode. Ao invés de questionar se ele está certo ou errado
em não poder naquele momento, eu continuo insistindo, pedindo, amando e
respeitando!
Meu papel como pastor dessa Igreja
NÃO é visitar todos semanalmente. Meu ministério aqui é alimentar e preparar os
mais dedicados discípulos para que esses cuidem de outros! Para que eu deveria
perder tempo com aguem que vive murmurando e não faz nada? Alguém poderá dizer:
“Ah mais isso é ser interesseiro”. Sim! Interesse eu tenho muitos em você: Que
você ganhe muitas almas pra Jesus, que sirva ao Senhor, que arranque almas do
inferno, que receba dons do Espírito Santo. Eu tenho interesse sim, que você
cresça, se torne um cristão maduro, cheio do Espírito Santo e desfrute da vida
Plena que Deus tem para ti!
Então Ok. Compreendeu isso, que o
plano de Jesus é salvar vidas através de um discipulado profundo, no estilo, chegue-se a mim que me chegarei a você.
Isso quem nem falamos de Mt 28.19ss.
Se o discipulado até aqui já está
com cara de algo maravilhoso, vejamos depois de você ouvir sobre o guarda
chuva. Leiamos 1Sm 15.23 “Porque a rebelião é como o pecado
de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e culto a ídolos do lar”.
Cantamos a música que fala sobre a
geração que depõe Saul e unge Davi. Pois é referente a este ocorrido. Saul
estava sendo um rei razoável sobre Israel e Deus o estava abençoando. Porém
Saul desobedeceu uma ordem de seu discipulador, o profeta Samuel, seu líder. A
rebelião que Samuel se refere, não é que Saul tenha organizado um motim contra
Samuel ou tentado mata-lo. Nada disso. Samuel tinha falado para Saul destruir
os Amalequitas e o que eles possuíssem. Porém Saul achou melhor deixar os
animais mais belos vivos e trazer para Israel. Saul não entendeu o conselho de
seu líder e se achou mais esperto que ele, desobedecendo-o. Mas Saul não
deveria se preocupar primeiramente em entender e sim em obedecer! Geralmente
obedecemos nossos discipuladores e depois entendemos porque eles nos deram
aquele conselho.
Então, essa rebelião de Saul foi
como um pecado de feitiçaria. O que o feiticeiro faz? O feiticeiro invoca
demônios. Quer dizer que quem é rebelde está pecando como um feiticeiro? Talvez
você diga: Mas eu nunca invoquei um demônio!
Nossos líderes, discipuladores,
pastores, são como um guarda-chuva sobre nós. Quando estamos debaixo desse
guarda-chuva não nos molhamos. Agora imagine que essa chuva não é de água, e
sim de demônios. A pessoa que não tem uma cobertura, ou seja, a pessoa que não
está alinhada debaixo de sua liderança, está dizendo: Ei demônios, podem vir me
pegar!
Por isso a rebelião é como o pecado
de feitiçaria, pois quem não está debaixo de uma cobertura espiritual está
atraindo demônios sobre sua vida! Foi o que aconteceu com Saul, ele se
rebelou contra Samuel e ficou endemoninhado!
E mais “obstinação é como a idolatria e
culto a ídolos do lar”. Saul pecou por obstinação como quem adora um
ídolo. Nesse caso, Saul adorou a si mesmo ao julgar suas ideias maiores e
melhores que as de Samuel e do próprio Deus.
Davi inicialmente tinha como
discipulador o profeta Samuel e depois o profeta Natã. Quando Davi pecou
terrivelmente, seu pecado foi confrontado por Natã e Davi recebeu cura em seu
coração ao confessar para Natã. O novo testamento tem base para isso. Tg
5.16
diz: “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos
outros, para serdes curados”.
Confessamos o nossos pecados para
Deus para sermos perdoados (1Jo 1.9) mas a cura de nosso vício/hábito
pecaminoso vem quando confessamos à nosso líder (Tg 5.16).
Meus queridos, eu confesso que não
estava sentindo paz para tomar a ceia hoje. Sentia que precisava confessar
algumas coisas para meu discipulador. E fiz isso. Já tinha sido perdoado por
Deus? Sim, tenho certeza que Deus já tinha me perdoado. Porém, o Senhor
escolheu esse mecanismo de cura, onde dependemos da ajuda uns dos outros, para
nos fazer um corpo, o corpo de Cristo! Eu não tomaria a ceia sem confessar meus
pecados para Deus e para meu discipulador porque sei quanto o pecado, por menor que seja, é terrível e MATA!
Eu não quero nada com o pecado, não
importa se pareça grande ou pequeno, se as pessoas se escandalizam ou não, eu
não quero pecar e reconheço meu líder, o pastor Mário como instrumento de Deus
para me auxiliar nesse processo de tornar fato a realidade de que já sou uma
nova criatura (1Co 5.15)!
Poxa,
qual de vocês já me procurou para confessar pecados? Eu já fiz 20km de bicicleta só pra ir na casa do
Samuel confessar pecados e receber cura!
Porque eu sei como o pecado é
terrível e mata! Por isso sempre confessei meus pecados para os meus
discipuladores e quero crescer mais ainda nisso. Quero chegar ao pondo de ao
invés de confessar pecados eu possa “confessar” a tentação!
Quando chegamos ao ponto de
confessar a tentação antes de consumar o pecado, conseguimos finalmente ser
curados e santos! Confessar a vontade de pecar pois esta é a semente do pecado!
Mas o que é então o discipulado: É
paternidade espiritual, é transferência de realidade espiritual, é ensino,
amor, cuidado, proteção. É o projeto do Senhor para salvar muitas vidas e ser
uma Igreja poderosa que faz vir o Reino de Deus sobre essa terra.