24/01/2025

Perdão

 

Deus nos deu a direção de esse ano trabalharmos com a temática “ESSENCIAL”. E já citamos várias coisas essenciais. Hoje falaremos sobre a palavra mais difícil da língua portuguesa.

 


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Será que é paralelepípedo? Hortifrutigranjeiro? Não!

A palavra mais difícil da nossa língua, e talvez de qualquer língua, é: PERDÃO! Não necessariamente difícil de ser pronunciada; antes, de ser vivida. Pedir perdão ou até mesmo liberar perdão estão entre as coisas mais desafiadoras na vida de alguém.

Perdão deve, ou, pelo menos deveria fazer parte da essência de qualquer cristão. Se não fosse o perdão de Deus sobre os nossos pecados, nem estaríamos aqui.

Para começarmos quero apresentar dois versículos.


Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24 deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta. Mt 5:23-24. NAA.



1. Jesus subiu a régua


Existe uma ideia errônea de que as coisas no AT eram mais difíceis e que Deus era mais bravo. Porém, quando vamos para Mateus 5, percebemos Jesus subindo o nível em diversas áreas.

Enquanto no AT testamento matar era pecado, em o NT, Jesus mostra que uma discussão acirrada pode levar ao inferno assim como um homicídio! Enquanto o AT deixava claro a pecaminosidade do adultério, Jesus assevera que olhar para uma mulher com intenção impura também é pecado!


Então, nos versos que lemos, Jesus toca em algo muito claro na mente dos judeus que o escutavam: as ofertas! E talvez você esteja pensando: “Ok eu entendi, não posso dar meu dízimo antes de pedir perdão para alguém que eu tenha brigado”.

Porém, não é sobre isso. O público ao qual Jesus se dirigia tinha em mente a oferta levada ao Templo de Jerusalém que frequentemente tinha uma função bem específica: PEDIR PERDÃO!

Assim, Jesus estava dizendo algo como: “Ok, que bom que você entende que errou contra mim e por isso veio me procurar para resolver esse problema nos meus termos, da forma que eu escolhi. Mas, lembre-se que o Fulano está magoado com você. Vá lá e resolva essa situação com ele então volte aqui e resolva a sua situação comigo”.


Na oração do “Pai Nosso” Jesus progrediu muito a carga do AT ao dizer:


Porque, se perdoarem aos outros as ofensas deles, também o Pai de vocês, que está no céu, perdoará vocês; 15 se, porém, não perdoarem aos outros as ofensas deles, também o Pai de vocês não perdoará as ofensas de vocês. Mt 6:14-15. NAA.


Basicamente Jesus nos ensina a orar assim: “Jesus, se eu não perdoar os outros pode me jogar no inferno”.


São os dois lados da mesma moeda.

1. Peça perdão para os outros se quer pedir para Mim.

2. Perdoe os outros se quer que Eu te perdoe.


Jesus espera que a gente faça e se comporte para com os outros da mesma forma que Ele fez por nós e se comporta conosco.


Vamos observar então as características do perdão de Jesus por nós.


1. Ele (‘vítima’), tomou a iniciativa de perdoar você (agressor).

2. Ele pagou a pena (sofreu o dano, ficou no ‘prejuízo’) pelo seu crime para que você fosse absolvido.

3. Fez uma casa nova e te convidou para morar lá.

4. Deixou a papelada toda pronta para o Pai te adotar e vocês ficarem juntos para sempre!


Então se alguém pecou contra você, PERDOE! Mesmo que a pessoa não tenha se arrependido. Mesmo que ela não te peça perdão. Mesmo que ela ainda esteja com raiva de você!


O nosso chamado é fazer o que estiver ao nosso alcance para que haja perdão e cura!

Nosso papel é abrir mão de revidar, como um bom morto.


Não paguem a ninguém mal por mal; procurem fazer o bem diante de todos. 18 Se possível, no que depender de vocês, vivam em paz com todas as pessoas. 19 Meus amados, não façam justiça com as próprias mãos, mas deem lugar à ira de Deus, pois está escrito:

"A mim pertence a vingança; eu é que retribuirei,

diz o Senhor."

20 Façam o contrário:

"Se o seu inimigo tiver fome, dê-lhe de comer; se tiver sede, dê-lhe de beber; porque, fazendo isto, você amontoará brasas vivas sobre a cabeça dele."

21 Não se deixe vencer pelo mal, mas vença o mal com o bem. Rm 12:17-21. NAA.




2. A dinâmica do perdão


Uma vez que o perdão é um tema tão sério, precisamos fazer ele chegar nos lugares mais importantes de nossas vidas, como o casamento e a igreja.


Se Deus espera que você PERDOE de graça o INIMIGO, o que você espera que você faça com o seu MARIDO? ESPOSA? PAIS? FILHOS?


Se Deus quer que você abençoe seus inimigos e ajude a suprir as necessidades deles, o que acha que Deus espera que você faça com os IRMÃOS da igreja?


NUNCA ALGUÉM VAI PECAR CONTRA VOCÊ MAIS DO QUE VOCÊ PECOU CONTRA CRISTO!


Perdoe os teus ofensores e trate os teus inimigos da mesma maneira que você deseja que Jesus faça contigo. Ou melhor, da mesma forma que Jesus já fez contigo.


Até por que…


Mt 18:21-35. NVI.


21 Então Pedro, aproximando-se, perguntou a Jesus:

Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?

22 Jesus respondeu:

Não digo a você que perdoe até sete vezes, mas até setenta vezes sete.

23 — Por isso, o Reino dos Céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os seus servos. 24 E, passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. 25 Não tendo ele, porém, com que pagar, o senhor desse servo ordenou que fossem vendidos ele, a mulher, os filhos e tudo o que possuía e que, assim, a dívida fosse paga. 26 Então o servo, caindo aos pés dele, implorava: "Tenha paciência comigo, e pagarei tudo ao senhor." 27 E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora e perdoou-lhe a dívida.

28 — Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários. Agarrando-o, começou a sufocá-lo, dizendo: "Pague-me o que você me deve." 29 Então o seu conservo, caindo aos pés dele, pedia: "Tenha paciência comigo, e pagarei tudo a você." 30 Ele, porém, não quis. Pelo contrário, foi e o lançou na prisão, até que saldasse a dívida.

31 — Vendo os seus companheiros o que havia acontecido, ficaram muito tristes e foram relatar ao seu senhor tudo o que havia acontecido. 32 Então o senhor, chamando aquele servo, lhe disse: "Servo malvado, eu lhe perdoei aquela dívida toda porque você me implorou. 33 Será que você também não devia ter compaixão do seu conservo, assim como eu tive compaixão de você?" 34 E, indignando-se, o senhor entregou aquele servo aos carrascos, até que lhe pagasse toda a dívida. 35 Assim também o meu Pai, que está no céu, fará com vocês, se do íntimo não perdoarem cada um a seu irmão. Mt 18:21-35. NVI.


E você achando que pra morar no céu era só se resolver com Jesus e pedir perdão dos seus pecados não é? Pois bem, isso é a “porta”. Porém, Jesus é o ‘Caminho’.


Para o cristão, o perdão de Jesus pelos seus pecados está relacionado com a capacidade da pessoa perdoar os outros.


Aí eu pergunto. Será que um cristão amargurado, azedo, vai morar no céu? Será que entendeu como funciona o Reino de Deus?


Acima de tudo, porém, tenham muito [contínuo] amor [ágape] uns para com os outros, porque o amor cobre [oculta] a multidão de pecados. 1Pe 4:8. NAA.


De forma geral, é isso! Existem muitas coisas que você não precisa e talvez nem deva sair tirando satisfação. Precisa em amor liberar o perdão. Pessoas erram, falham. Você peca.


Devemos falar quando acreditamos que isso vai edificar a pessoa e glorificar o nome de Jesus.


2Tm 2:23-26. NAA.

23 Evite as discussões insensatas e absurdas, pois você sabe que elas só provocam brigas. 24 O servo do Senhor não deve andar metido em brigas, mas deve ser brando [manso] para com todos, apto para ensinar, paciente, 25 disciplinando [corrigindo] com mansidão os que se opõem a ele, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem a verdade, 26 mas também o retorno à sensatez, a fim de que se livrem dos laços do diabo, que os prendeu para fazerem o que ele quer. 2Tm 2:23-26. NAA.


Logo, Paulo apresenta como um líder deve proceder na hora de corrigir / disciplinar alguém pelo seu pecado. Note que não se refere necessariamente a um pecado contra o líder, antes, a uma intervenção do líder para ajudar o pecador. Esse confronto deve acontecer apenas quando o líder tem expectativa / esperança de que essa conversa trará o pecador ao arrependimento e sensatez.


Agora, se realmente é necessário conversar e você realmente tem expectativa de que essa conversa vai ser um instrumento de Deus para ajudar o irmão; há um modo de fazer isso.


Mt 18:15-18.


Se o seu irmão pecar [contra você], vá e, a sós com ele, mostre-lhe o erro. Se ele o ouvir, você ganhou seu irmão.

16 Mas se ele não o ouvir, leve consigo mais um ou dois outros, de modo que ‘qualquer acusação seja confirmada pelo depoimento de duas ou três testemunhas’.

17 Se ele se recusar a ouvi-los, conte à igreja; e se ele se recusar a ouvir também a igreja, trate-o como pagão ou publicano.

18 "Digo-lhes a verdade: Tudo o que vocês ligarem na terra terá sido ligado no céu, e tudo o que vocês desligarem na terra terá sido desligado no céu. Mt 18:15-18. NVI.




3. Seja livre


Agora que você já entendeu que precisamos pedir perdão e também perdoar… Vale lembrar que tudo começa com a sua reconciliação com Deus. Com o arrepender-se inicial (quem sou) seguido pelo contínuo (o que faço).


Como é feliz aquele que tem suas transgressões perdoadas e seus pecados apagados!

2 Como é feliz aquele a quem o Senhor não atribui culpa e em quem não há hipocrisia!

3 Enquanto escondi os meus pecados, o meu corpo definhava de tanto gemer.

4 Pois de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; minha força foi se esgotando como em tempo de seca. Pausa

5 Então reconheci diante de ti o meu pecado e não encobri as minhas culpas. Eu disse: "Confessarei as minhas transgressões ao Senhor", e tu perdoaste a culpa do meu pecado. Sl 32:1-5. NVI.




Conclusão1


O perdão não é apenas um mandamento; é a essência do Evangelho. Jesus não só falou sobre perdão, Ele viveu o perdão de forma radical e transformadora. Ele tomou a iniciativa, sofreu o prejuízo e nos deu uma nova vida. Da mesma forma, somos chamados a viver o perdão como um reflexo de quem Ele é em nós.


Perdoar não é fácil, mas é libertador. O perdão não significa ignorar a dor ou o erro, mas escolher não ser escravizado por eles. É deixar Deus ser o juiz, enquanto nós obedecemos ao Seu chamado de sermos pacificadores.


Hoje, quero que você reflita: há alguém que você precisa perdoar? Há algo que você precisa confessar? Não permita que a falta de perdão se torne uma barreira entre você e Deus ou entre você e outras pessoas. Lembre-se: Jesus já perdoou uma dívida que você jamais poderia pagar.


Por isso, ao sair daqui, peça ao Espírito Santo que lhe mostre onde o perdão precisa ser praticado. Talvez seja no seu casamento, com um amigo, com um irmão da igreja ou até mesmo consigo mesmo. Lembre-se de que o perdão não depende do arrependimento do outro, mas da decisão que você toma diante de Deus.


E, se por acaso você ainda não experimentou o perdão de Deus, essa é a hora. Reconheça os seus pecados, arrependa-se e permita que a graça de Jesus transforme sua vida. Não há maior liberdade do que saber que somos perdoados e que podemos perdoar.

1Conclusão gerada por IA, baseada na mensagem acima e mediante as instruções do autor.

04/01/2025

Essencial

 

Quando pensamos na palavra “essência” o que nos vem a mente? Agora a palavra “essencial”… Que imagens mentais essas palavras nos trazem?

 

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Para uma casa… Alicerces, paredes, telhado.

Escola… Professores, alunos.

Alimentação… Feijão, arroz, ovos.


A palavra essencial consegue nos passar até mesmo conceitos ambíguos como robustez e sofisticação.

- Essa coluna é essencial ao prédio.

- Essa fragrância é essencial.


Essencial: Tão robusta quanto um alicerce, tão delicada quanto um perfume.


Quando pensamos na essência de Deus, sabemos que é o AMOR!


Já a essência do Cristianismo, obviamente é Cristo!


Vivemos dias onde todo mundo sabe de tudo; ou de nada. Sabemos sobre muitos assuntos, porém, superficialmente. Você conhece alguém que realmente seja bom em algo? Que de fato domine um assunto?


Com as já consolidadas redes sociais e o avanço imparável das IA, cada vez mais encontramos pessoas rasas, em tudo, inclusive na vida e na fé.


Esse ano, o Senhor está nos convidado para uma jornada rumo a essência. Um esforço para nos tornarmos extremante robustos e delicados; básicos, porém, sofisticados, tal qual a palavra ESSENCIAL consegue ser.


Mas graças a Deus, que sempre nos conduz vitoriosamente em Cristo e por nosso intermédio exala em todo lugar a fragrância do seu conhecimento. 2Co 2:14. NVI.



1. O que é essencial?


Em se tratando de vida com Deus, difícil pensar em coisas que cada um considere essencial. Então, vou começar pelas que eu mesmo considero. Ou melhor, vou buscar lembrar lá da conversão, quais as coisas considerávamos essenciais.


1.1 Devocional

Na minha época de recém convertido, a paixão pela vida devocional era ardente. Eu precisava pegar o ônibus para ir a escola por volta de 7h, e isso aconteceria depois de uns 5min de caminhada na estradinha de chão. Então, acordava entre 5h30 e 6h para ler a Bíblia antes do café da manhã.

Tinha uma cor de lápis para cada assunto e assim ia lendo e marcando a Bíblia. Tinha também um caderno de anotações onde escrevia minha própria “bíblia de estudo”.

Havia em cada um de nós um desejo muito grande de conhecer Deus para conseguir obedecê-Lo e agradá-Lo. Chorava lendo aquelas palavras. Passava o dia todo refletindo naquilo e me arrependendo dos pecados denunciados por ela.


Não deixe de falar as palavras deste Livro da Lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito. Só então os seus caminhos prosperarão e você será bem sucedido. Js 1:8. NVI.


Lembro que queria muito uma Bíblia de estudo e ela custava em torno de R$ 96. Depois de 1 ano pedindo ao Senhor, surgiu a promoção daquela Bíblia por R$ 35 e eu a adquiri. Era a Bíblia de Estudo Plenitude, na versão ARA. Em 1 ano lembro que li toda ela, inclusive os estudos.

Sempre tinha uma Bíblia menor, que usava para levar na mochila para a escola e ler nos momentos vagos. Naquela época a moda era todo jovem crente levar a sua Bíblia para escola.

Era normal passarmos muito tempo conversando com outros irmãos sobre a Bíblia. Inclusive, quando por algum motivo trabalhávamos juntos, trabalhávamos (com diligência) e debatíamos sobre a palavra.


Decorar versículos era quase uma “competição”.

De forma recorrente, citávamos os textos da palavra em nossas conversas do dia a dia. O prazer na Palavra era comum.


1.2 Culto

Esse era o evento da semana. Passávamos de segunda a sexta orando e revendo a palavra do culto, conversando entre nós sobre ela e refletindo profundamente em nossas vidas o que precisava mudar. Era um exercício profundo de colocar em prática o sermão daquele domingo.

O que fazíamos e precisávamos parar?

O que ainda não fazíamos e precisávamos fazer?


Lá por quarta ou quinta-feira já começávamos a nos perguntar: Como vai ser o culto deste domingo?

Ardíamos em expectativa por orar, adorar, ofertar e sermos ministrados pela palavra! Sem dúvida alguma, o culto era o ponto alto da semana, o grande evento! Queríamos estar com os irmãos para buscarmos juntos ao Senhor e nos esforçávamos por isso.


Eu morava a 17km do prédio da igreja. Nosso município não tinha 1m sequer de asfalto, nem calçamento tínhamos. Então eu saia caminhando. Minha mãe perguntava como eu iria para a igreja e a resposta: - Deus proverá. Caminhando ou pedindo carona, chegava lá. Pernoitava na casa de alguém e quando desejava voltar? O sistema era parecido. Quando não ia de bicicleta mesmo.

Outras vezes combinávamos uma carona de Fusca, que não raramente quebrava no caminho. E chegávamos suados e sujos, mas, chegávamos e isso que importava. Tínhamos plena consciência que a vida sem Jesus não vale a pena.


Os pavilhões geralmente eram cheios de problemas, quentes, o som era ruim e sinceramente, não havia nenhum músico genial me nosso meio. Fazíamos o que podíamos. E estávamos felizes! Lembro até hoje das camisas colando no corpo. Depois de um tempo a igreja fretou um ônibus (não era como hoje que é possível pedir motorista por aplicativo, nós não tínhamos nem sinal de celular). Cada um entrava e dava sua “oferta” para a passagem.


1.3 Batismo nas águas

Cada um de nós almejava o batismo com todas as forças de seu coração. Importunávamos o pastor com insistência para que isso acontecesse. Cada batismo era uma “copa do mundo”.

Eram meses orando e jejuando pelas pessoas que gostaríamos que fossem batizadas. Para que se convertessem, para que desejassem, para que não desistissem, para que os parentes não impedissem…


1.4 Cursos e vigílias

Éramos apaixonados por cursos. Geralmente nas terças-feiras. Buscávamos com veemência aprender mais. As apostilas eram xerocadas e encadernadas com espiral. Marcávamos tudo! Gostávamos de estudar o material dos cursos que também se transformava no assunto da semana, como a palavra do culto.


As vigílias eram a cereja do bolo. Quando feitas em lugares de difícil acesso, apenas os homens iam. Quando em locais mais acessíveis, mulheres e crianças também lá estavam.

Passávamos de 4h a 6h orando. Muitas vezes sem nada além de nós mesmos, Deus e a natureza. Eramos estimulados a fazermos um jejum preparatório.

O Batismo no Espírito era o sonho de cada um na congregação. Todos almejavam do profundo do seu ser falar em línguas. E investíamos muitas e muitas horas nisso. Quem ainda não havia recebido, buscava com veemência. Quem já tinha recebido, passava horas naquilo. Os sinais e prodígios no nosso meio eram crescentes.


1.5 Evangelismo

Nossa fome de ganhar vidas para Jesus era imensa. Conversávamos entre nós sobre como ganhar certas pessoas e qual seria o papel de cada um no evangelismo.

TODOS OS DIAS pensávamos e agíamos focados em evangelizar alguém. Se tivéssemos Google naqueles dias, talvez “como ganhar alguém para Jesus” seria a frase mais pesquisada.


1.6 Dízimos

Sim, como calcular os dízimos também era um assunto corriqueiro. Calculávamos detalhadamente quanto seriam exatamente os dízimos, sem deixar 1 centavo de fora. Depois, arredondávamos para cima e colocávamos um pouco mais. Então corríamos literalmente DANÇANDO até os gazofilácios para entregar. Depois de fazer isso, nos sentíamos livres para ofertar. Pois, entendíamos que antes de chegarmos ao mínimo de 10% ainda não tínhamos ofertado nada.

Quando alguém conseguia vender algo grande ou recebia uma herança, era aquela festa, pois a pessoa ficava realizada pela oportunidade de entregar um dízimo naquele valor e os irmãos felizes por saber que a igreja poderia usar aquele dinheiro para avançar! As pessoas já faziam seus negócios pensando em como seus dízimos poderiam contribuir com a obra. Todos queriam ser usados por Deus como instrumento de provisão para a Obra.


1.7 Ceia

O Culto de Ceia era um caso a parte. Esse era o “evento do mês”. Colocávamos nossas melhores roupas, nos preparávamos e íamos. Durante o culto confessávamos todos os pecados ainda não confessados, chorávamos muito e nos arrependíamos. Porém, depois da ceia, fazíamos uma grande celebração, uma FESTA, afinal, éramos os filhos de Deus, os vitoriosos e limpos pelo Sangue de Jesus!


1.8 Discipulado Bíblico

Quando uma pessoa se convertia ela iniciava o “acompanhamento inicial”. Sentava semanalmente com algum outro irmão em cristo mais experiente e ali estudavam a Bíblia com o auxílio de uma apostila sobre os temas essenciais da fé cristã.

Assim, a pessoa era desafiada pela Bíblia a mudar de vida e se dedicar cada dia mais ao Senhor.




2. Como foi no seu começo?


Cada um de nós tem uma história lá do tempo da conversão.


- O que foi essencial para você naqueles dias?


Claro, com o passar do tempo refletimos sobre o que foi bom e o que poderia ter sido melhor. O que não podemos negar é que aqueles dias fazem parte de nossa história. E talvez, se não tivesse sido assim, não estaríamos aqui hoje!


4 Contra você, porém, tenho isto: você abandonou o seu primeiro amor.

5 Lembre-se de onde caiu! Arrependa-se e pratique as obras que praticava no princípio. Se não se arrepender, virei a você e tirarei o seu candelabro do seu lugar. Ap 2:4-5. NVI.


O primeiro amor é ESSENCIAL. Precisamos MORAR no primeiro amor. Viver tão apaixonados por Jesus como éramos nos primeiros dias ou até mais.

O que fazemos, denuncia se estamos ou não vivendo HOJE o primeiro amor.


- Você ainda é assim apaixonado por Jesus?


- Ser igreja continuar sendo seu estilo de vida?


- Pelo que seu coração queima hoje?


- O que ocupa a maior parte dos seus pensamento?


- Qual a motivação por trás do que você faz?


PRECISAMOS NOS ARREPENDER E VOLTAR A ESSÊNCIA!




3. O que realmente importa?


Olhando para nosso passado e comparando com a forma que vivemos hoje, a que conclusões podemos chegar?


O que realmente vale a pena?


Se humilhar, chorar, admitir os erros e pagar o preço por um avivamento pessoal?


Ou ter um 2025 focado apenas em si mesmo e nas coisas que esse mundo pode oferecer?


A escolha é sua.