sábado, 4 de janeiro de 2025

Essencial

 

Quando pensamos na palavra “essência” o que nos vem a mente? Agora a palavra “essencial”… Que imagens mentais essas palavras nos trazem?

 

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Para uma casa… Alicerces, paredes, telhado.

Escola… Professores, alunos.

Alimentação… Feijão, arroz, ovos.


A palavra essencial consegue nos passar até mesmo conceitos ambíguos como robustez e sofisticação.

- Essa coluna é essencial ao prédio.

- Essa fragrância é essencial.


Essencial: Tão robusta quanto um alicerce, tão delicada quanto um perfume.


Quando pensamos na essência de Deus, sabemos que é o AMOR!


Já a essência do Cristianismo, obviamente é Cristo!


Vivemos dias onde todo mundo sabe de tudo; ou de nada. Sabemos sobre muitos assuntos, porém, superficialmente. Você conhece alguém que realmente seja bom em algo? Que de fato domine um assunto?


Com as já consolidadas redes sociais e o avanço imparável das IA, cada vez mais encontramos pessoas rasas, em tudo, inclusive na vida e na fé.


Esse ano, o Senhor está nos convidado para uma jornada rumo a essência. Um esforço para nos tornarmos extremante robustos e delicados; básicos, porém, sofisticados, tal qual a palavra ESSENCIAL consegue ser.


Mas graças a Deus, que sempre nos conduz vitoriosamente em Cristo e por nosso intermédio exala em todo lugar a fragrância do seu conhecimento. 2Co 2:14. NVI.



1. O que é essencial?


Em se tratando de vida com Deus, difícil pensar em coisas que cada um considere essencial. Então, vou começar pelas que eu mesmo considero. Ou melhor, vou buscar lembrar lá da conversão, quais as coisas considerávamos essenciais.


1.1 Devocional

Na minha época de recém convertido, a paixão pela vida devocional era ardente. Eu precisava pegar o ônibus para ir a escola por volta de 7h, e isso aconteceria depois de uns 5min de caminhada na estradinha de chão. Então, acordava entre 5h30 e 6h para ler a Bíblia antes do café da manhã.

Tinha uma cor de lápis para cada assunto e assim ia lendo e marcando a Bíblia. Tinha também um caderno de anotações onde escrevia minha própria “bíblia de estudo”.

Havia em cada um de nós um desejo muito grande de conhecer Deus para conseguir obedecê-Lo e agradá-Lo. Chorava lendo aquelas palavras. Passava o dia todo refletindo naquilo e me arrependendo dos pecados denunciados por ela.


Não deixe de falar as palavras deste Livro da Lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito. Só então os seus caminhos prosperarão e você será bem sucedido. Js 1:8. NVI.


Lembro que queria muito uma Bíblia de estudo e ela custava em torno de R$ 96. Depois de 1 ano pedindo ao Senhor, surgiu a promoção daquela Bíblia por R$ 35 e eu a adquiri. Era a Bíblia de Estudo Plenitude, na versão ARA. Em 1 ano lembro que li toda ela, inclusive os estudos.

Sempre tinha uma Bíblia menor, que usava para levar na mochila para a escola e ler nos momentos vagos. Naquela época a moda era todo jovem crente levar a sua Bíblia para escola.

Era normal passarmos muito tempo conversando com outros irmãos sobre a Bíblia. Inclusive, quando por algum motivo trabalhávamos juntos, trabalhávamos (com diligência) e debatíamos sobre a palavra.


Decorar versículos era quase uma “competição”.

De forma recorrente, citávamos os textos da palavra em nossas conversas do dia a dia. O prazer na Palavra era comum.


1.2 Culto

Esse era o evento da semana. Passávamos de segunda a sexta orando e revendo a palavra do culto, conversando entre nós sobre ela e refletindo profundamente em nossas vidas o que precisava mudar. Era um exercício profundo de colocar em prática o sermão daquele domingo.

O que fazíamos e precisávamos parar?

O que ainda não fazíamos e precisávamos fazer?


Lá por quarta ou quinta-feira já começávamos a nos perguntar: Como vai ser o culto deste domingo?

Ardíamos em expectativa por orar, adorar, ofertar e sermos ministrados pela palavra! Sem dúvida alguma, o culto era o ponto alto da semana, o grande evento! Queríamos estar com os irmãos para buscarmos juntos ao Senhor e nos esforçávamos por isso.


Eu morava a 17km do prédio da igreja. Nosso município não tinha 1m sequer de asfalto, nem calçamento tínhamos. Então eu saia caminhando. Minha mãe perguntava como eu iria para a igreja e a resposta: - Deus proverá. Caminhando ou pedindo carona, chegava lá. Pernoitava na casa de alguém e quando desejava voltar? O sistema era parecido. Quando não ia de bicicleta mesmo.

Outras vezes combinávamos uma carona de Fusca, que não raramente quebrava no caminho. E chegávamos suados e sujos, mas, chegávamos e isso que importava. Tínhamos plena consciência que a vida sem Jesus não vale a pena.


Os pavilhões geralmente eram cheios de problemas, quentes, o som era ruim e sinceramente, não havia nenhum músico genial me nosso meio. Fazíamos o que podíamos. E estávamos felizes! Lembro até hoje das camisas colando no corpo. Depois de um tempo a igreja fretou um ônibus (não era como hoje que é possível pedir motorista por aplicativo, nós não tínhamos nem sinal de celular). Cada um entrava e dava sua “oferta” para a passagem.


1.3 Batismo nas águas

Cada um de nós almejava o batismo com todas as forças de seu coração. Importunávamos o pastor com insistência para que isso acontecesse. Cada batismo era uma “copa do mundo”.

Eram meses orando e jejuando pelas pessoas que gostaríamos que fossem batizadas. Para que se convertessem, para que desejassem, para que não desistissem, para que os parentes não impedissem…


1.4 Cursos e vigílias

Éramos apaixonados por cursos. Geralmente nas terças-feiras. Buscávamos com veemência aprender mais. As apostilas eram xerocadas e encadernadas com espiral. Marcávamos tudo! Gostávamos de estudar o material dos cursos que também se transformava no assunto da semana, como a palavra do culto.


As vigílias eram a cereja do bolo. Quando feitas em lugares de difícil acesso, apenas os homens iam. Quando em locais mais acessíveis, mulheres e crianças também lá estavam.

Passávamos de 4h a 6h orando. Muitas vezes sem nada além de nós mesmos, Deus e a natureza. Eramos estimulados a fazermos um jejum preparatório.

O Batismo no Espírito era o sonho de cada um na congregação. Todos almejavam do profundo do seu ser falar em línguas. E investíamos muitas e muitas horas nisso. Quem ainda não havia recebido, buscava com veemência. Quem já tinha recebido, passava horas naquilo. Os sinais e prodígios no nosso meio eram crescentes.


1.5 Evangelismo

Nossa fome de ganhar vidas para Jesus era imensa. Conversávamos entre nós sobre como ganhar certas pessoas e qual seria o papel de cada um no evangelismo.

TODOS OS DIAS pensávamos e agíamos focados em evangelizar alguém. Se tivéssemos Google naqueles dias, talvez “como ganhar alguém para Jesus” seria a frase mais pesquisada.


1.6 Dízimos

Sim, como calcular os dízimos também era um assunto corriqueiro. Calculávamos detalhadamente quanto seriam exatamente os dízimos, sem deixar 1 centavo de fora. Depois, arredondávamos para cima e colocávamos um pouco mais. Então corríamos literalmente DANÇANDO até os gazofilácios para entregar. Depois de fazer isso, nos sentíamos livres para ofertar. Pois, entendíamos que antes de chegarmos ao mínimo de 10% ainda não tínhamos ofertado nada.

Quando alguém conseguia vender algo grande ou recebia uma herança, era aquela festa, pois a pessoa ficava realizada pela oportunidade de entregar um dízimo naquele valor e os irmãos felizes por saber que a igreja poderia usar aquele dinheiro para avançar! As pessoas já faziam seus negócios pensando em como seus dízimos poderiam contribuir com a obra. Todos queriam ser usados por Deus como instrumento de provisão para a Obra.


1.7 Ceia

O Culto de Ceia era um caso a parte. Esse era o “evento do mês”. Colocávamos nossas melhores roupas, nos preparávamos e íamos. Durante o culto confessávamos todos os pecados ainda não confessados, chorávamos muito e nos arrependíamos. Porém, depois da ceia, fazíamos uma grande celebração, uma FESTA, afinal, éramos os filhos de Deus, os vitoriosos e limpos pelo Sangue de Jesus!


1.8 Discipulado Bíblico

Quando uma pessoa se convertia ela iniciava o “acompanhamento inicial”. Sentava semanalmente com algum outro irmão em cristo mais experiente e ali estudavam a Bíblia com o auxílio de uma apostila sobre os temas essenciais da fé cristã.

Assim, a pessoa era desafiada pela Bíblia a mudar de vida e se dedicar cada dia mais ao Senhor.




2. Como foi no seu começo?


Cada um de nós tem uma história lá do tempo da conversão.


- O que foi essencial para você naqueles dias?


Claro, com o passar do tempo refletimos sobre o que foi bom e o que poderia ter sido melhor. O que não podemos negar é que aqueles dias fazem parte de nossa história. E talvez, se não tivesse sido assim, não estaríamos aqui hoje!


4 Contra você, porém, tenho isto: você abandonou o seu primeiro amor.

5 Lembre-se de onde caiu! Arrependa-se e pratique as obras que praticava no princípio. Se não se arrepender, virei a você e tirarei o seu candelabro do seu lugar. Ap 2:4-5. NVI.


O primeiro amor é ESSENCIAL. Precisamos MORAR no primeiro amor. Viver tão apaixonados por Jesus como éramos nos primeiros dias ou até mais.

O que fazemos, denuncia se estamos ou não vivendo HOJE o primeiro amor.


- Você ainda é assim apaixonado por Jesus?


- Ser igreja continuar sendo seu estilo de vida?


- Pelo que seu coração queima hoje?


- O que ocupa a maior parte dos seus pensamento?


- Qual a motivação por trás do que você faz?


PRECISAMOS NOS ARREPENDER E VOLTAR A ESSÊNCIA!




3. O que realmente importa?


Olhando para nosso passado e comparando com a forma que vivemos hoje, a que conclusões podemos chegar?


O que realmente vale a pena?


Se humilhar, chorar, admitir os erros e pagar o preço por um avivamento pessoal?


Ou ter um 2025 focado apenas em si mesmo e nas coisas que esse mundo pode oferecer?


A escolha é sua.

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