26/04/2025

O que fazer quando Ele vai?

Sim, eu sei que a música não é assim. No Natal falamos sobre o Jesus que veio. Na Páscoa sobre Sua ressurreição. Porém, depois da Páscoa, Ele passou 40 dias aqui pela terra.

 

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³ Depois do seu sofrimento, Jesus apresentou-se a eles e deu-lhes muitas provas indiscutíveis de que estava vivo. Apareceu-lhes por um período de quarenta dias falando-lhes acerca do Reino de Deus. Atos 1:3, NVI.

E depois disso, Ele... Foi embora!

⁹ Tendo dito isso, foi elevado às alturas enquanto eles olhavam, e uma nuvem o encobriu da vista deles. Atos 1:9, NVI.

Chamamos esse episódio de Ascensão.

1. Decepção

Voltemos um pouco. Doze jovens largaram tudo para seguir um rabino. Ele realiza sinais e maravilhas e ensina a Palavra de Deus, se revelando como o Messias prometido. Porém, acaba pendurado em uma cruz e morre.

Aqueles moços haviam colocado tudo nesse projeto por mais de 3 anos. Não eram mais adolescentes, agora, jovens adultos, precisavam dar um rumo definitivo para suas vidas.

Sem saber direito o que fazer, Pedro acessa seu lugar de segurança, sua zona de conforto, o mindset original dele, lá da infância: Vai pescar.

³ "Vou pescar", disse-lhes Simão Pedro. E eles disseram: "Nós vamos com você". Eles foram e entraram no barco, mas naquela noite não pegaram nada. João 21:3, NVI.

Cada um de nós já passou por momentos assim. De crise, de decepção. Quase uma vontade de voltar atrás, de desistir de tudo que mascaramos de 'tristeza', talvez por falta de coragem para admitir que nosso coração está quase desistindo.

Eles, especialmente Pedro, estavam decepcionados consigo mesmos, com o povo, com Deus, com o governo... Dominados pela frustração, começaram a fazer o caminho de volta para a velha vida.

Entretanto, Jesus apareceu a eles, ministrou seus corações e lhes deu forças para levantarem a cabeça e seguirem em frente. O mesmo Jesus que um dia os tinha ensinado a serem "pescadores de homens" (Mt 4:19) ensinou-lhes também o próximo passo: "Pastoreie as minhas ovelhas" (Jo 21:15-23).

  1. Sigam-me (conversão)
  2. Pesquem (evangelismo)
  3. Pastoreiem (cuidem)

Afinal de contas, começar não é tão difícil assim. Começar um regime, começar em um emprego, abrir um CNPJ, fazer uma oração de entrega... Mas, eu pergunto: E depois?

2. Let's Bora!

Quando os 40 dias acabaram e Jesus foi assunto ao céu, todos ficaram olhando para o céu... E dois anjos precisaram exortá-los:

¹⁰ E eles ficaram com os olhos fixos no céu enquanto Ele subia. De repente surgiram diante deles dois homens vestidos de branco, ¹¹ que lhes disseram: "Galileus, por que vocês estão olhando para o céu? Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado ao céu, voltará da mesma forma como o viram subir". Atos 1:10-11, NVI.

Enquanto os discípulos estavam com os olhos fitos no passado, os anjos precisaram acordá-los para a realidade, chamá-los de volta ao presente para semearem um futuro! E o futuro que aquela geração semeou somos nós! Se eles tivessem ficado parados ali só remoendo o passado, só lembrando dos milagres de Jesus, de Suas pregações... Nós não estaríamos aqui! Eles precisaram sair da posição nostálgica para a posição ativa!

Alguém te evangelizou, alguém pregou para você. Alguém te carregou nos braços nos primeiros dias de sua fé. Mas agora está na hora de você se levantar forte e resiliente, para ser pai de uma nova geração!

Talvez nada nos faça amadurecer mais rapidamente do que cuidar de outras vidas. Quando nos dedicamos a servir, percebemos que podemos suportar um pouco mais de dor, trabalhar um pouco mais e abrir mão de certos confortos.

Quando saímos da posição de bebês espirituais e começamos a evangelizar, servir e pastorear vidas, percebemos que muitos dos problemas que antes achávamos gigantes são, na verdade, bem menores.

Então se você acha que a vida cristã está difícil, complicada: Vamos evangelizar alguém e cuidar dessa pessoa!

Hoje completamos um mês que estamos celebrando a Páscoa. E isso é muito bom e importante. Todavia, hoje chegou o dia de descermos do Monte das Oliveiras, arregaçarmos as mangas e fazermos a obra que Ele nos chamou para fazer!

3. Unidade e perseverança

Uma vez que Jesus havia subido e que os anjos os haviam tirado daquele estado de letargia, desceram o Monte das Oliveiras e reagruparam a equipe. Aquele grupo era mais do que um time ministerial. Era a célula deles, uma família!

Embora o ser humano tenha a tendência de se isolar em suas tristezas, lamentações e desafios, esses são os momentos que mais precisamos nos aproximar de nossa família na fé!

¹² Então eles voltaram para Jerusalém, vindo do monte chamado das Oliveiras, que fica perto da cidade, cerca de um quilômetro. ¹³ Quando chegaram, subiram ao aposento onde estavam hospedados. Achavam-se presentes Pedro, João, Tiago e André; Filipe, Tomé, Bartolomeu e Mateus; Tiago, filho de Alfeu, Simão, o zelote, e Judas, filho de Tiago. ¹⁴ Todos eles se reuniam sempre em oração, com as mulheres, inclusive Maria, a mãe de Jesus, e com os irmãos de Jesus. Atos 1:12-14, NVI.

Eles estabeleceram uma rotina de comunhão e oração. Reuniam-se, fortaleciam uns aos outros, oravam juntos, oravam uns pelos outros...

Era como se eles tivessem um "Pequeno Manual para sair da crise":

  1. Passar muito tempo com a família da fé
  2. Estabelecer uma rotina de oração

Depois disso, começaram a dar passos para continuar a obra de Jesus. Eles não estavam interessados em iniciar algo totalmente diferente. Queriam apenas continuar o grande projeto do Mestre.

²⁰ "Porque", prosseguiu Pedro, "está escrito no Livro de Salmos: 'Fique deserto o seu lugar, e não haja ninguém que nele habite'; e ainda: 'Que outro ocupe o seu lugar'. ²¹ Portanto, é necessário que escolhamos um dos homens que estiveram conosco durante todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu entre nós, ²² desde o batismo de João até o dia em que Jesus foi elevado dentre nós às alturas. É preciso que um deles seja conosco testemunha de Sua ressurreição". Atos 1:20-22, NVI.

4. Poder e ação

A obediência à Palavra sempre dá certo! E 50 dias após a ressurreição, ou seja, 10 dias após a Ascensão, acontece o Pentecostes!

¹ Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos num só lugar. ² De repente veio do céu um som, como de um vento muito forte, e encheu toda a casa na qual estavam assentados. ³ E viram o que parecia línguas de fogo, que se separaram e pousaram sobre cada um deles. ⁴ Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito os capacitava. Atos 2:1-4, NVI.

E uma vez cheios do Espírito Santo, os apóstolos começaram a pregar (At 2:14). Eles realizavam sinais e maravilhas (At 2:43).

E qual era o resultado?

⁴⁶ Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, ⁴⁷ louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava todos os dias os que iam sendo salvos. Atos 2:46-47, NVI.

Eles tinham alegria! Alegria verdadeira! Eles tinham as respostas que os grandes filósofos tanto procuraram:

  • Quem eu sou? Um filho de Deus!
  • Para onde eu vou? Para junto de meu Pai!
  • Por que estou aqui? Para aumentar a família!

Conclusão

Conclusão gerada por IA com supervisão humana e de acordo com o texto e diretrizes fornecidas pelo autor.

A jornada dos discípulos após a Ascensão de Jesus nos ensina lições profundas para nossa vida cristã:

  1. Decepção: Como Pedro, podemos ser tentados a voltar às velhas rotinas em momentos de frustração. Mas Jesus nos chama a levantar, confiar e seguir em frente, transformando nossas quedas em oportunidades de crescimento.
  2. Vamos lá!: Não podemos ficar parados, olhando para o passado. Os anjos lembraram aos discípulos que a missão continua — e hoje somos herdeiros dessa obra. É hora de agir: evangelizar, servir e pastorear, mesmo quando a vida parece difícil.
  3. Unidade e perseverança: A comunhão e a oração em comunidade foram essenciais para os discípulos superarem a crise. Precisamos nos apegar à nossa família na fé, fortalecendo uns aos outros e mantendo o foco no propósito de Cristo.
  4. Poder e ação: O Pentecostes mostrou que a obediência traz o poder do Espírito Santo. Quando nos entregamos à missão, Deus age através de nós, trazendo alegria autêntica e frutos eternos.

Aplicação prática:

  • Em tempos de desânimo, busque Jesus e permita que Ele restaure seu coração.
  • Saia da inércia: envolva-se ativamente na obra de Deus, seja evangelizando ou cuidando de outros.
  • Mantenha-se unido à sua comunidade cristã, priorizando oração e apoio mútuo.
  • Viva no poder do Espírito, confiando que Ele capacita você para cumprir seu chamado.

Assim como os discípulos, somos chamados não apenas a lembrar, mas a viver o evangelho — transformando nossa fé em ação e nosso mundo com a esperança de Cristo.

13/04/2025

As 3 cruzes

Estamos nos preparando para a Páscoa, essa data tão magnífica.

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E Páscoa necessariamente nos fala de cruz. Se alguém que viveu nos anos antes de Cristo, na época de José e Maria, viesse até aqui no culto hoje e visse aquela cruz, acharia muito estranho. Afinal, a cruz era um instrumento de morte. Se Jesus tivesse morrido com injeção letal, teríamos a silhueta de uma seringa em vez dessa cruz. Poderia ser uma cadeira elétrica ou um fuzil. Você entende isso? A cruz era uma ferramenta comum no mundo da época para TORTURAR e MATAR pessoas. Hoje usamos cruzes muito "fofas", afinal, elas são para nós um símbolo de Jesus. Contudo, é preciso lembrar que antes de a cruz ser um símbolo de Jesus em si, ela precisa ser um símbolo de renúncia, de altruísmo e de fé.

Na cruz, Jesus foi torturado por homens e castigado por Deus. Dos homens vieram os golpes, o escárnio e os pregos. Mas, de Deus, o castigo por todos os pecados da humanidade.

⁴Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças, contudo nós o consideramos castigado por Deus, por ele atingido e afligido.
⁵Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados.
Isaías 53:4-5, NVI

A cruz de Cristo não foi algo suave, nem fofo e muito menos fácil. Foi tortura, agressão, castigo e morte. Junto a Jesus, dois criminosos estavam sendo punidos por seus crimes. Uma cruz à sua direita e uma cruz à sua esquerda. Três cruzes estavam ali e NÃO é sobre isso que vamos falar hoje.

1. A cruz eterna

A primeira cruz da qual falaremos é a cruz eterna. Essa é a Cruz de Jesus que nos salvou.

¹⁸Pois vocês sabem que não foi por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos da sua maneira vazia de viver que lhes foi transmitida por seus antepassados,
¹⁹mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito,
²⁰conhecido antes da criação do mundo, revelado nestes últimos tempos em favor de vocês.
1 Pedro 1:18-20, NVI

É preciso que você entenda que antes de criar o universo, Deus já existia. O próprio tempo é uma das criações de Deus. Deus é atemporal. Ele está fora dessa nossa simplória linha do tempo.

E foi lá na Eternidade que a cruz de Jesus foi fincada. O tempo e o espaço foram tecidos por Deus ao redor deste, que é o principal acontecimento do universo, seu evento fundador, a crucifixão de Jesus Cristo.

E nos revelou o mistério da sua vontade, de acordo com o seu bom propósito que ele estabeleceu em Cristo,
¹⁰isto é, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, celestiais ou terrenas, na dispensação da plenitude dos tempos.
Efésios 1:9-10, NVI

O que nós chamamos de "história" para Deus (em relação ao tempo) é como ler um gibi. Ele pode ver a primeira folha ou a última. Ou ainda a primeira e a última simultaneamente.

Ei! Sabe isso que está te deixando tão ansioso? Deus já sabe o que vai acontecer! Sabe aquilo que você passou e doeu tanto? Deus sabe também. E o que mais? Ele sabe como a sua história termina. Ele sabe todas as possibilidades de vida que estão diante de você. Ele sabe o que será se você disser sim ou não para aquela proposta. Ele sabe como será se você fizer isso ou aquilo… Não seria prudente entregar sua vida nas mãos daquele que SABE TUDO?

2. A Cruz de Barrabás

A segunda cruz que falaremos hoje é a de Barrabás. Não estava no cronograma dos romanos crucificar um rabino naquela fatídica sexta-feira. Isso foi coisa dos líderes judeus. Eles pressionaram o governador Pilatos, afinal, só os romanos tinham o poder de exercer a pena de morte. Entretanto, Barrabás era o prisioneiro que eles tinham sob custódia. Quem sabe, até a cruz de Barrabás já estivesse pronta. Mas, naquele dia, o criminoso foi substituído por um santo. Jesus foi para a Cruz e Barrabás foi posto em liberdade.

Era costume de Pilatos soltar um prisioneiro na Páscoa. E ele perguntou ao povo: Jesus ou Barrabás? E o povo respondeu que deveria soltar Barrabás e crucificar Jesus.

O curioso é que Barrabás significa "filho do pai". E Jesus chamava a si mesmo de "filho do homem". Jesus morreu no lugar de Barrabás, no seu lugar, no lugar de cada pecador da humanidade. Ele se fez herdeiro do legado de pecado do "homem" para que nós fôssemos feitos "filhos do Pai".

3. A sua cruz

Embora Jesus tenha carregado na cruz todos os pecados e tenha consumado a obra de salvação, Ele espera que nós venhamos a nos identificar com Ele, imitando-O.

Logo, se o nosso mestre abriu mão de si mesmo para nos salvar, é necessário que nós estejamos dispostos a sermos abnegados para que outros venham a ser salvos.

²³Jesus dizia a todos: — Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, dia a dia tome a sua cruz e siga-me.
Lucas 9:23, NVI

²⁴Agora me alegro nos meus sofrimentos por vocês e preencho o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a igreja.
Colossenses 1:24, NVI

Que cruz é essa se Jesus já carregou a minha? Que aflições são essas se Jesus já sofreu tudo?

Essa é a sua cruz. A cruz da empatia, da abnegação, do altruísmo e da fé. A decisão de amar Jesus acima de tudo. De amar o próximo como a si mesmo.

A decisão de, se preciso for, abrir mão de coisas lícitas e até boas, pelo bem maior de ver vidas sendo salvas.

Viver em santidade, nadar contra a corrente, sofrer afrontas e ser rejeitado por amor a Cristo. Às vezes será abrir mão de um namoro ou até mesmo de um emprego, vislumbrando coisas maiores. É entender que tudo vale a pena para a glória de Cristo.

¹⁶Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia,
¹⁷pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles.
¹⁸Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno.
2 Coríntios 4:16-18, NVI

Conclusão

Hoje refletimos sobre as três cruzes que nos falam de redenção, substituição e chamado.

A "cruz eterna" de Jesus, planejada por Deus antes da criação, é o fundamento da nossa salvação, onde Cristo carregou nossos pecados e nos reconciliou com o Pai.

A "cruz de Barrabás" nos lembra que Jesus tomou o nosso lugar, como tomou o de Barrabás, libertando-nos da condenação pelo seu sacrifício.

E a "sua cruz" nos desafia a vivermos como discípulos, negando a nós mesmos, abraçando a abnegação e o amor ao próximo, mesmo que isso custe renunciar ao que é lícito por um propósito maior.

Que nesta Páscoa possamos aplicar essas verdades: agradeça a cruz eterna, celebre a liberdade que Jesus conquistou por você e tome sua cruz diariamente, vivendo com fé, altruísmo e santidade. Decida hoje amar a Cristo acima de tudo e servir aos outros, para que a glória de Deus brilhe através da sua vida. Amém.