domingo, 28 de novembro de 2010

Foco ministerial

Pense em um profeta rebelde. Pensou em quem? Jonas, provavelmente. Jonas, o pombo mensageiro da palavra de Deus. O Senhor chama seu profeta e pede que vá a cidade de Nínive anuncias uma palavra de juízo. Jonas foge para o lado contrário. Não está nem um pouco preocupado com os habitantes de Nínive, ou melhor, está preocupado sim, em vê-los serem destruídos, afinal era um povo ímpio, terrivelmente cruel. Ao que indica a história, os ninivitas eram um dos povos mais cruéis e maléficos daqueles dias. Jonas queria vê-los sendo destruídos, mas sabia que o Senhor daria a eles uma oportunidade (Jn 4.1-2). Na cabeça de Jonas, os ninivitas deveriam mesmo ser completamente destruídos.
Jonas foge. Ele tinha perdido o foco de seu ministério. Somos servidos pelo ministério dos irmãos, que nos auxiliam a andar na presença do Senhor. De modo semelhante, também nosso ministério precisa servir ao Senhor e auxiliar os irmãos a andarem na presença do Senhor. Todos os ministérios realmente comprometidos com o Senhor, estão direta ou indiretamente ligados ao “ide” (Mt 28.19). Quando um ministro perde o fogo de ganhar vidas, perde o próprio sentido de sua existência. Jonas queria morrer porque seu ministério tinha perdido o foco. Mais ainda, sua própria existência tinha perdido o sentido, pois queria amar e servir apenas ao seu próprio povo. Seu ministério estava preso ao preconceito e sua incapacidade de enxergar a si mesmo como pecador o lesava.
Quando esquecemos que o ministério que Senhor nos confia deve direta ou indiretamente redundar em vidas sendo salvas, perdemos o ânimo (Aurélio: alma, espírito, mente), a vitalidade, a motivação. Explico bem este assunto na mensagem “Evangelizar ou morrer”.
Ei amigo! Lembre-se que somos “sacerdócio real”. Todos são chamados a serem ministros. Todos são chamados a ganhar vidas. Evangelize, focalize ganhar almas, senão com o tempo sua alegria em servir ao Senhor vai ir se esfriando. “Não, isso não vale para mim, pois meu ministério é de ensino”. Vale sim! Ensine e prepare pessoas para ganharem almas! “Ah, mas para mim isso não vale, sou chamada a ministrar dança”. Então que sua dança expresse o amor de Deus e seu poder para salvar. Já assisti inúmeras coreografias que mostravam a importância de ganhar almas. “Mas o meu caso é diferente, sou levita. Meu ministério é apenas adorar ao Senhor”. Ei! Já existem anjos fazendo isso 24 horas por dia (Ap 4.8)! Além do que, se você ficar “adorando” e não ganhar almas, Deus vai rejeitar sua adoração fajuta (Is 29.13; IJo 3.18)! Não existe ministério que direta ou indiretamente não contribua para a salvação de vidas.
Amado, seu ‘teu’ ministério não auxilia no evangelismo, direta ou indiretamente, você perdeu o foco e cedo ou tarde vais perder também o ânimo e se não te arrependeres, por fim, perderá o próprio desejo de viver.
Jonas estava tão obstinado  com a ideia de que Deus não deveria dar uma oportunidade a Nínive que ficou com raiva de Deus. Em Jonas capítulo 4 Deus dá uma grande lição em Jonas e também em todos nós. Leia o capítulo inteiro.

Jonas 4:1-11 (ARA)  Com isso, desgostou-se Jonas extremamente e ficou irado.  2 E orou ao SENHOR e disse: Ah! SENHOR! Não foi isso o que eu disse, estando ainda na minha terra? Por isso, me adiantei, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus clemente, e misericordioso, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e que te arrependes do mal. 3 Peço-te, pois, ó SENHOR, tira-me a vida, porque melhor me é morrer do que viver.  4 E disse o SENHOR: É razoável essa tua ira?  5 Então, Jonas saiu da cidade, e assentou-se ao oriente da mesma, e ali fez uma enramada, e repousou debaixo dela, à sombra, até ver o que aconteceria à cidade.  6 Então, fez o SENHOR Deus nascer uma planta, que subiu por cima de Jonas, para que fizesse sombra sobre a sua cabeça, a fim de o livrar do seu desconforto. Jonas, pois, se alegrou em extremo por causa da planta.  7 Mas Deus, no dia seguinte, ao subir da alva, enviou um verme, o qual feriu a planta, e esta se secou.  8 Em nascendo o sol, Deus mandou um vento calmoso oriental; o sol bateu na cabeça de Jonas, de maneira que desfalecia, pelo que pediu para si a morte, dizendo: Melhor me é morrer do que viver!  9 Então, perguntou Deus a Jonas: É razoável essa tua ira por causa da planta? Ele respondeu: É razoável a minha ira até à morte.  10 Tornou o SENHOR: Tens compaixão da planta que te não custou trabalho, a qual não fizeste crescer, que numa noite nasceu e numa noite pereceu;  11 e não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que há mais de cento e vinte mil pessoas, que não sabem discernir entre a mão direita e a mão esquerda, e também muitos animais?

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