terça-feira, 14 de julho de 2009

Evangelismo e Integração

EVANGELISMO E INTEGRAÇÃO: PRINCÍPIOS BÁSICOS



EVANGELISMO

Atraia as pessoas para você e o Deus que está dentro de você as atrairá para Ele” S.B.K





Em primeiro lugar, para que possamos nos dedicar ao evangelismo, precisamos ser crentes! É imprescindível que a pessoa que vá se lançar no mar do evangelismo tenha certeza de sua própria salvação. A Bíblia garante que quem confessa Jesus verdadeiramente é salvo (Rm 10.9) e quem recebe Jesus, recebe o poder de ser feito filho de Deus (Jo 1.12). Ora, se precisa ser feito, é porque ainda não é. Um pedaço de ferro não é uma ferradura, ele precisa ser aquecido e batido até que adquira a forma de ferradura. Assim também nós, nascemos pecadores (Rm 3.10) e o salário que recebemos por isso é a morte (Rm 6.23). Vemos então aqui a base para o evangelismo. Precisamos reconhecer que somos pecadores, pedir perdão a Jesus e recebê-lo em nossos corações.

Lc 5.32 diz: “Não vim chamar justos, e sim pecadores, ao arrependimento.” Logo, vemos que quem não admite que seja um pecador, não pode receber Jesus como seu Senhor, pois para isso precisaria assumir seus pecados. O crente que evangeliza, precisa ser primeiro alguém que humildemente chega diante de Deus, pede perdão por seus pecados, e entende que unicamente pela graça de Deus mediante a fé que somos salvos (Ef 2.8). Assim, quando nos pusermos a evangelizar, não o faremos com soberba, como se fossemos mais merecedores do amor de Deus do que aqueles a quem evangelizamos. Nossa postura deve ser sempre a de alguém que sabe, que se não fosse o amor de Deus, seríamos igual ou até mesmo piores do que as pessoas a quem estamos evangelizando. Com um coração assim, conseguiremos ser pessoas agradáveis e simpáticas e as pessoas terão prazer de estar em nosso companhia. Ter a simpatia do povo, já é um princípio ensinado na Bíblia em At 2.47 “contando com a simpatia de todo o povo”. Ou seja, eles estavam tão cheios de Cristo, que essa presença maravilhosa os tornava pessoas melhores. Só que quando as pessoas se aproximavam dos cristãos, por os acharem “simpáticos” estavam também se aproximando do Deus que morava dentro deles, o Espírito Santo! Por isso que afirmamos: Atraia as pessoas para ti, e o Deus que está em ti as atrairá para Ele. Crentes que não conseguem ter amigos fora da igreja são crentes que estão com defeito. Jesus comeu na casa de pecadores, conversou com prostitutas, com soldados e até com corruptos. Todavia, Ele falava o que precisava ser dito, na hora certa. Imagine você, ir em uma festa e de repente alguém levanta e diz: Jo 6.35 “Eu sou o pão da vida”. Se fosse hoje seria mais ou menos assim: O povo estava reunido em um churrasco e Jesus, levantando-se disse: “Eu sou a picanha da vida...”.

Certamente muita gente não gostou daquelas palavras de Jesus, entretanto outros foram marcados eternamente por elas e vieram a ser salvos. O chamado para o evangelismo, é um chamado exigente. Só mesmo estando cheio do Espírito Santo para sabermos a hora e o meio pelo qual devemos agir. Ora ficaremos quietos e simplesmente conquistaremos a “simpatia” do povo. Outra hora, abriremos a boca e anunciaremos as verdades divinas, que sempre nos confrontam.

Um problema comum, que muitas vezes acontece, é que nos aproximamos inicialmente de uma pessoa com o propósito de evangelizá-la, mas, com o tempo, nos tornamos tão envolvidos com a pessoa que não queremos desagradá-la, então, não a confrontamos com as verdades do evangelho.

Evangelismo não é uma coisa fácil. Jesus nunca disse que seria fácil. O que Ele disse foi: Mt 10.34ss “34Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada. 35Pois vim causar divisão entre o homem e seu pai; entre a filha e sua mãe e entre a nora e sua sogra. 36Assim, os inimigos do homem serão os da sua própria casa. 37Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim; 38e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim. 39Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á.”

Evangelismo deve ser nosso estilo de vida. Devemos a toda instante buscar a simpatia de todos para conosco, sabendo sempre porém, que haverão momentos em que precisáramos falas as verdades que poucos gostam de ouvir. As vezes nossos próprios familiares poderão nos trazer represálias por seguirmos a Cristo e sermos fieis a ele, e nesse ponto é que o Senhor diz que veio trazer espada. Haverá pais que praguejarão os filhos ao receberem o Senhor e filhos que rirão de seus pais. Mas junto com a pessoa que ri de quem recebe Jesus está o Diabo, que no dia do juízo não vai achar graça de nada!


INTEGRAÇÃO



Muitas vezes pensamos que quando uma pessoa vem pela primeira vez a igreja, seja nas casas ou no tempo, precisamos logo “fazer” ela receber Jesus. De fato, quanto mais rápido a pessoa receber Jesus melhor. Só que muitas vezes, a pessoa recebe Jesus antes de realmente entender o que está fazendo. Isso é importante, pois creio que é o primeiro passo em uma direção certa, mas ainda não é tudo. Muitos evangélicos têm cometido o grave delito de “evangelizar” a pessoa, ou seja, fazer nascer o bebe na fé, e depois abandonar o recém nascido. Não devemos ser assim. O evangelista (você), deve cuidar do recém nascido na fé, ou encaminhar aos cuidados de alguém. Poderemos falar sobre isso em outra oportunidade, mas o que frisaremos agora é a integração.

Há algum tempo, relia uma redação de minha autoria escrita na 3ª série. Vou reproduzir um trecho: “A terceira série é uma turma muito inteligente, mas eu não gosto dessa escola. Porque aqui eu não tenho nenhum amigo e ninguém brinca comigo. Então eu pego e fico na tela olhando para minha casa...” O que estava acontecendo comigo? Eu recém tinha mudado de escola, e não conhecia ninguém naquele novo lugar. Achava as aulas interessantes, mas odiava estar naquele lugar, porque ninguém se integrava comigo. Então meu desejo era qual? Voltar para o lugar de onde eu tinha vindo, onde já estava integrado. Aquela cerca de tela me separava fisicamente do antigo lugar, mas não meu coração. Uma antiga integração não pode ser apagada, apenas substituída!

Muitas pessoas recebem Jesus e ingressam na “escola da fé”. Acham que o que está sendo ensinado é bom, mas por não estarem integrados, pensam o tempo todo em voltar para o mundo. Gastamos tempo construindo cercas para que as pessoas não saiam da igreja, inventando todo tipo de entretenimento e atividades para que as pessoas gostem de estar na igreja, quando na verdade, deveríamos empregar toda essa energia em integrar as pessoas, pois mesmo que a congregação não possua estrutura nenhuma e nem mesmo eventos interessantes, se o neófito (novo convertido) possuir amigos ali, se estiver realmente integrado, não vai querer sair!

Animais mudam quando o lugar onde estão não lhes supre mais, da mesma forma, pessoas abandonam a igreja quando o “pasto” está ralo ou não mais está verde. Ao invés de construirmos cercas, o que precisamos é de um lugar onde a pessoa seja suprida de suas necessidades físicas, psicológicas e espirituais.

Na grande maioria das vezes, atendemos a pessoa espiritualmente, pregando a palavra de Deus, orando, jejuando. Atendemos a parte física, dando comida, agasalhos e até mesmo oferecendo a estrutura física da igreja. Todavia, falhamos em atender a pessoa psicologicamente. Ou seja, não integramos a pessoa em nosso círculo de amizades, não a fazemos sentir-se parte da família.

Precisamos ser mais que uma organização. Precisamos ser um organismo (Silva, Aluízio 2008). Não nos basta que estejamos cada um mecanicamente em seu lugar. Precisamos viver em sinergia, em interdependência. Em um organismo onde todos são parte de todos, sendo todos parte de Um, o Senhor Jesus Cristo. Onde todos se suprem e são supridos mutuamente, através da boca que está em Cristo Jesus, o cabeça desse corpo chamado Igreja.

Integrar é mais que se tornar amigo, é tornar-se parte, é fundir-se de tal modo que a dor do irmão seja nossa dor, que a derrota do irmão seja nossa derrota e nossa vitória, a vitória dele. É ter um senso de unidade tão maravilhoso, que se caso viermos a ofender a outrem, tenhamos a ciência de que estamos ofendendo a nós mesmos! E que se edificarmos a o irmão, a nós mesmos estamos edificando!

Sidinei Bühler Kauer

www.sbkauer.com

Voltar a Home

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá! Deixe aqui seu comentário isso nos ajudar a crescer!