Que Salmo lindo! Que meditação poderosa para começarmos nosso final de semana! A noção de habitar no santuário e morar no santo monte está ligada a uma pureza ritual no Antigo Testamento. O salmista então ao indagar por quem teria essa pureza, surpreende ao não citar os tradicionais elementos como o sacrifício e os rituais de purificação... Por quê? Porque a verdadeira pureza, a pureza que nos torna aptos para habitar diante de Deus é muito mais do que atos religiosos externos! Esse final de semana, como sempre, você irá participar do culto. E talvez até mesmo de muitas outras atividades! Mas o Senhor vai olhar para dentro do seu coração e observando se o que você faz é de fato “íntegro” ou apenas um mero sacrifício externo. Se a fé que você vive dentro do seu coração é o que exterioriza ou a uma incongruência em sua personalidade. Se o que faz, o faz por devoção genuína ou por mero hábito religioso. Mas não apenas isso. Fala o salmista sobre praticar o que é justo.
E o que é justo? Será que é justo nos reunirmos para comer um churrasco sem antes nos lembrarmos de levar algo para as cestas básicas que a Igreja distribui? Será que é justo ir com sua família tomar sorvete na praça e quando lhe pedem uma moeda negar?
Será que é justo quando pensa em um candidato político, pensar simplesmente em seus próprios interesses e esquecer as demais pessoas da nação? E ainda, será que é justo esconder tesouro tão precioso que é o Evangelho, deixando de convidar pessoas para celebrarem junto contigo o nome do Senhor?
Justiça e integridade são inseparáveis. Qualquer ato de justiça sem integridade logo vai mostrar-se como arbitrariedade e abuso. Qualquer tentativa de integridade sem luta pela justiça vai se mostrar mera religiosidade.
O que há de habitar no monte do Senhor não difama. Geralmente difamamos porque não atingimos nossa própria fama. Não conseguimos subir os degraus que trazem o reconhecimento e então buscamos uma maneira de fazer com que aqueles que estão “acima” de nós, ou próximos, desçam alguns degraus e os holofotes venham em nossa direção... Quem faz isso não é íntegro, não é justo!
Aquele que habita o santuário, não se vangloria, não exalta os ímpios, mas honra os servos do Senhor! Submete-se espontaneamente, e serve aos irmãos com prazer, seguindo o exemplo de Cristo, que sendo o maior se fez menor e serviu a todos.
E esse que é íntegro, justo, servo de todos... Esse tem compromisso com o que promete. É firme em seus propósitos e não desiste de seus objetivos logo na primeira tempestade. Quem habitará no santuário? Os perseverantes habitarão! Os perseverantes que mesmo naquilo que envolve suas finanças, permanecem fiéis ao Senhor e se recusam a ganhar dinheiro fácil através da exploração, do suborno, da extorsão... Antes, trabalham com seriedade e honestidade.
Em suma, o salmo mostra que para estar diante da presença do Santo Deus, é preciso ter um caráter tratado, saber lidar com todos os aspectos da vida. E julgar o próximo igual ou superior a si mesmo, de modo que não faça a outrem o que não gostaria que se fizesse a si mesmo.
A verdadeira pureza ritual, que é necessária para estar no santuário do Senhor, é viver bem com Deus, consigo, com o meio e com o próximo e isso só podemos e conseguimos quando estabelecemos uma relação de intimidade com o Espírito Santo de Deus.
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