quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Unção para todas as coisas – Série Atos 6 (Parte 1)




1Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária. 2Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas. 3Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; 4e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra.

v.1 Com o crescimento do número de discípulos surge um problema para a Igreja Primitiva. Todo crescimento gera necessidade de mudança. Expansão de alcance evoca necessariamente expansão de serviço. Vemos isso na história dos odres. Quando o vinho fermentava, o odre precisava se expandir, caso contrário partiria. Assim, quando a igreja cresce, não se pode mais viver do jeito que se vivia quando a igreja era pequena. Não estou dizendo que deva se viver outro evangelho, mas que tudo precisa ser reorganizado. Por exemplo: Em uma igreja pequena, o pastor pode pregar “qualquer” coisa na confiança de que os membros não irão se escandalizar. Em outras palavras, ele não precisa medir muito as palavras com medo de que alguém se ofenda, pode inclusive falar muitas palavras em linguagem coloquial. Caso alguém entenda mal, ele verá isso no rosto na hora da preleção e logo após o culto poderá esclarecer tudo à pessoa. Mas com o crescimento da igreja, o pastor precisa tomar mais cuidado e usar uma linguagem mais polida, pois caso alguém o interprete mal e se ofenda, ele bem possivelmente nem chegará a ficar sabendo disso, ou mesmo, corre o risco de acordar com um processo “nas costas”.
         A Igreja primitiva, ou como gosto de chamar esse período, a “Igreja Nascente”, porque ela ainda não estava organizada nesse período, não estava preparada para lidar com o crescimento. Simplesmente saiu pregando, evangelizando e para isso precisava da unção de Deus o que não lhes faltava. A Bíblia diz     que dia a dia eram acrescidos os que iam sendo salvos (At 2.47)!
         Desde os dias do Movimento de Jesus, existia um caixa da Igreja, e desde Judas cuidava (Jo 12.6). Na Igreja Nascente isso permaneceu, as ofertas e bens eram doados a Igreja e esta os administrava. O que nos parece é que até este momento, quem cuidava de tudo isso eram os próprios apóstolos. Porque no versículo 2 eles admitem não ser bom que se preocupassem com administração em privação da Palavra. Agora imagine: A Igreja Nascente já contava nesses dias com milhares de pessoas. No mínimo mais de 3.000 pessoas! Como 12 homens poderiam dar conta de cuidar de tantos discípulos? Como 12 homens poderiam cuidar de “tudo” em uma igreja de mais de 3 mil membros? Como discipular todos esses recém-convertidos?
          O resultado foi uma grande cofusão. A Igreja Nascente possuía um serviço de assistência às viúvas e justo as viúvas de um grupo que já não se considerava bem aceito(os helenistas), foram esquecidas!
v.2 Os 12 depois de ouvirem as reclamações do povo, perceberam que algo precisava mudar. Perceberam que sozinhos não dariam conta de tudo.
E não somente isso. Admitem que seu chamado (dos 12) era a “Palavra”. O ministério dos 12 era anunciar o evangelho. Eles não tinha sido chamados para servir mesas, para cuidar da tesouraria ou para serem secretários. Tinham sido chamados para o ministério da Palavra!
v.3 Mas eles não negam a existência de pessoas vocacionadas e ungidas para o trabalho social! Do contrário, pedem por sete homens “cheios do Espírito Santo e de sabedoria” para executar a diaconia!
1º Qual é o teu ministério?
Nós que lhes anunciamos a palavra, recebemos unção para fazer isso e sabemos que nem todos poderão anunciar a palavra da maneira como nós anunciamos (do púlpito). Não que sejamos melhores, antes, porque fomos escolhidos e ungidos para isso. Chamados e capacitados por Jesus. Então entendemos as limitações daqueles que não foram chamados para isso. Creio que se chamarmos alguns de vocês para vir aqui pregar, começarão a tremer e tremer...
Já outros são chamados para cuidar e pregar às crianças. E precisam de unção para fazer isso; entender que nem todos possuem chamado para esse ministério. Entretanto, às vezes menosprezamos alguns ministérios. Todavia tudo que um crente faz na igreja, o faz, ou deveria fazer espiritualmente. Eu creio que quando uma irmã funcionária está limpando a igreja, está fazendo o que foi comissionada a fazer, mesmo que para isso esteja recebendo um salário, porque nós, os que pregamos, também recebemos dinheiro para fazer isso e o salário não invalida o chamado.
Quando tentamos fazer uma coisa para a qual Deus não nos capacitou para fazer o resultado será sempre negativo. Mesmo que a tarefa seja executada, será sempre um pesar. Digamos que um ministro de louvor faça aulas, treine, se prepare, e cante muito bem. Mas não tenha sido separado por Deus para isso. Por mais que cante ou toque bem, além de não ser algo edificante para a igreja, para si mesmo será uma frustração.
Agora quando eu digo que precisamos de unção para tudo que formos fazer na obra, não estou dizendo que você deve fazer apenas uma coisa e dizer: Não me chame para carregar nada, porque meu chamado não é este...
Precisamos aqui diferenciar o chamado de vida, que vem com unção vitalícia (no sentido de capacitação) e convocação para uma tarefa que vem com unção momentânea.
Precisamos saber qual é o chamado específico de nossas vidas e dedicarmo-nos nele. TODO CRENTE TEM UM MINISTÉRIO! Deus tem um plano específico para sua vida e uma maneira pela qual quer te usar.
Entretanto, todo crente é chamado para o serviço! Assim, você pode receber uma unção para carregar sacos de cimento em uma obra da igreja, o que não significa que você vá precisar trabalhar com construção pelo resto da vida, nem que o saco vai ficar mais leva por causa disso, mas que sua tarefa terá sido uma tarefa espiritual e toda tarefa feita espiritualmente por um crente traz o Reino de Deus!
Nós somos a Igreja. Por isso que é difícil para nós entender um irmão que sempre diz “não” quando lhe pedimos algo! Você é Igreja! Quando serve, não serve ao pastor, serve ao Senhor Jesus. E quando serve em seu ministério especifico, além de servir a Cristo e aos irmãos, está servindo a si mesmo, pois só entramos a felicidade no centro da vontade de Deus e o centro da vontade de Deus sempre estará no cumprimento do ministério para o qual ele nos chamou!

Agora mudando um pouco de assunto. Você precisa de unção não somente para as coisas da igreja. Você precisa orar pela “unção nossa de cada dia”. Você precisa da unção e sabedoria (At 6.3) para as tarefas e encargos diários. Você precisa e deve pedir unção a Deus para executar seu trabalho secular. E mais, precisa e deve pedir unção a Deus para executar seu ministério familiar! Isso mesmo, unção para exercer sua função de filho, de pai, de mãe e de cônjuge.
Não é nada fácil uma família onde cada um exerce sua função conforme a Bíblia ensina em um mundo de cabeça para baixo. Em um mundo onde é normal filhos baterem boca com os pais, mulheres desrespeitar seus maridos e maridos baterem em suas esposas. Em um mundo onde é normal que os filhos usem a internet sem cuidado algum e onde o adultério se tornou habitual. É normal, e habitual, MAS É PECADO! O fato de algo ter se tornado normal não significa que deixe de ser pecado! Há milênios a mentira se tornou normal e nem por isso deixou de ser pecado. Do mesmo modo, ainda que seja difícil e na contramão desse mundo, devemos clamar a Deus por unção para exercer nosso papel familiar!
E pelo simples fato de ser o Pai, você já tem autoridade sobre sua casa e se não exercê-la com unção de Deus o diabo vai exercê-la! Se não for uma mãe presente na vida de seu filhos as drogas serão (presentes)... Se não for um filho que ame e honre seus pais, a bebida e a depressão poderão bater à porta deles. Creio que Deus se emociona quando um filho seu pede unção para exercer seu ministério familiar!

2º Você está buscando unção para isso?

Então eu quero hoje te perguntar algumas coisas. Você já sabe o ministério específico no qual Deus quer que você trabalhe? Tem se dedicado ao serviço?
Tem buscado de Deus a unção para executar o ministério familiar?
Quando trabalha na obra, seja fazendo que for, sente-se bem ou como um peso? No ministério onde serve em sua igreja como se sente? Se tem lhe sido um peso, talvez você tenha feito simplesmente para agradar homens, esteja fazendo sem chamado, ou não esteja buscando a unção...
Quem recebe unção recebe juntamente responsabilidade.
O chamado à unção é o chamado ao serviço! Buscar unção de Deus é pedir para trabalhar pelo Reino!

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