Com certeza você já ouviu expressões como: “Se converteu”, “virou crente”, “nasceu de novo”, “se batizou”, “entrou pra igreja”… Quando foi com você, o que disseram?
Existe muita confusão com estes termos e também péssimos exemplos que acabam dando para sociedade uma ideia errada a respeito do que é se tornar um discípulo de Jesus. No meu caso, quanto perceberam mudanças em mim, disseram: “Tu virou viado, não chulheia mais as gurias”!
Acontece, que quando disseram isso para mim, já faziam 4 anos que eu tinha nascido de novo. Isso mesmo, nos 4 anos anteriores, caso eu morresse, já iria para o céu pois tinha reconhecido Jesus como Senhor e Salvador, pedido perdão pelos meus pecados e buscava viver uma vida correta que basicamente consistia em ler a Bíblia e orar todos os dias e dar o dízimo. Além de alguns outros princípios morais, claro. E de todo coração eu julgava estar agradando a Deus.
Porém, a imagem que contruí naqueles 4 anos que se seguiram, foi o que levou meus colegas a questionarem meu segundo momento de mudança, este, que ocorreu quando comecei a ser discipulado e fui batizado no Espírito Santo; ou seja, quando experimentei um avivamento.
No ano 2000 eu nasci de novo e comecei a morrer! Em 1998 já havia feito a oração de entrega em uma EBF em Caraá, quando ministraram um folheto do Billy Graham. Mas ali foi algo racional. Porém 2 anos depois em um retiro de jovens em Osório, senti meu coração arder, e aquilo que tinha convencido minha razão agora perpassava meu Espírito.
Todavia fui meio que uma criança de rua, no sentido do novo nascimento. E se não tivesse passado pela experiência de avivamento em 2004, provavelmente teria morrido na fé.
Eu me julgava um filho de Deus e de fato era; porém meus pensamentos, palavras e ações não refletiam o pai. Porque não é uma questão de ser bonzinho e nem mesmo de ser melhor que este ou aquele. A questão é que pelas minhas atitudes, deveria ser fácil identificar quem era meu Pai. E isso estava longe de ser uma realidade.
1. Se não te muda, não serve
Quando uma pessoa nasce de novo, precisa viver uma vida nova. Se o evangelho que você vive não te muda; esse evangelho não serve para Cristo.
Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos,
a serem renovados no modo de pensar e
a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade.
Portanto, cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo, pois todos somos membros de um mesmo corpo.
“Quando vocês ficarem irados, não pequem”. Apazíguem a sua ira antes que o sol se ponha,
e não dêem lugar ao diabo.
O que furtava não furte mais; antes trabalhe, fazendo algo de útil com as mãos, para que tenha o que repartir com quem estiver em necessidade.
Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem.
Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia da redenção.
Livrem-se (Longe de vós) de toda amargura [raiz amarga que produz fruto amargo], indignação [fúria] e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade.
Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus perdoou vocês em Cristo. Efésios 4:22-32. [Perdoou a ponto de querer morar junto de novo; como no jardim].
2. Família, trabalho, escola, lazer…
Quando o processo de avivamento começou em minha vida, muitos outros processos se passavam. Eu tinha trocado de cidade, de escola. Tudo bem que isso era meio normal para mim, porém, com os novos contatos vieram novas tentações e provas.
Até então eu sempre estiveram trabalhando com meu pai, porém, agora tinha arrumado um estágio como auxiliar administrativo. Eu chegava no serviço e meus colegas mais velhos ficavam falando coisas pecaminosas, me incentivando a errar. Saía dali, almoçava e ia para escola. Lá tinha contato com alguns professores estranhos, que, se fosse possível, me obrigariam a pecar bem como os colegas, as músicas que tocavam e tudo mais eram coisas obscuras.
Voltava para casa em crise. As tentações do dia a dia conflitavam com o primeiro amor para o qual eu recém voltara. Isso mesmo, não importa quanto tempo você tenha de conversão. Como diz o Pr. Rafael Piccoli, “se você não está no seu primeiro amor por Jesus, está em pecado”. O primeiro amor não está ligado ao tempo e sim a qualidade. Ele precisa ser o primeiro em prioridade na sua vida. Logo, poderíamos então dizer que avivamento é a volta ao primeiro amor.
Embora não concorde com tudo do Pr. Marco Feliciano, ele está bem certo ao afirmar: “Avivamento, uma questão de sobrevivência espiritual”.
Algum tempo antes, na minha passagem de criança para adolescente, eu tivera dores terríveis pelo corpo. Meus pais procuraram um cardiologista que disse: “O coração dele não tem nada de errado, são as dores do crescimento. Ele está crescendo tão rápido que está se rasgando por dentro, precisa usar vitaminas para suprir tanto crescimento”.
Bom, mesmo com vitaminas as dores continuaram e era horrível e passaram a ser acompanhadas de caibras nas pernas.
Moral da história: Crescer dói e às vezes parece que vai nos rasgar por dentro!
Crescer às vezes no deixa esquisitos (adolescência).
Porém se depois de um ano você visse uma criança conhecida sua e percebesse que ela em nada havia mudado o que diria? Que ela está doente!
Então escute: Você vai sentir dor! Ou a dor do crescimento ou a dor da doença.
Eu decidi que já que vou ter que sentir dor, então que seja a dor do crescimento.
Quando meu filho fica muito tempo parado na mesma posição ele diz: “Adomeceu pai, adomeceu”. Na vida é assim, até ficar parado dói!
Mas eu te garanto que o crescimento contínuo é o melhor caminho!
Até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo. Efésios 4:13.
Quando comecei a viver o avivamento que contei acima, meus pais perceberam que algo estava mudando em mim. Durante a noite, quando eles costumavam olhar aquelas novelas terrivelmente pecaminosas da TV aberta, eu ia para outra peça e ficava orando.
Um dia meu pai perguntou: “Filho, porque você não fica mais com a gente de noite”?
Eu respondi: “Pai, essas novelas que vocês assistem não dá. Elas tem muitas coisas que desagradam a Deus”.
Ele com sabedoria fez um acordo comigo: “Então pode ficar lá orando. Mas, quando eu estiver assistindo ao Jornal, você senta comigo”.
Um avivamento, precisa levar você a ser alguém melhor para as pessoas da sua casa.
Nessa época meu pai conhecia um homem que era membro de uma igreja pentecostal e supostamente tinha o dom de cura.
Meu pai disse: “O que adianta, o Fulano vai na igreja, cura quem tá doente, mas é um demônio dentro de casa”.
Se dependesse do testemunho daquela pessoa, meu pai nunca teria se convertido. Mesmo que meu pai fosse curado por aquele homem; jamais colocaria os pés na congregação desde senhor.
E o que dizer daquele patrão que é um anjo na igreja, que trata todos bem na célula, porém… Só falta fuzilar os funcionários. Tira o coro deles, oprime, não é justo… Assim não serve!
E ainda o jovem que é um amor na igreja, todavia, retruca os professores, infringe a todo instante as regras… Não dá!
Ou o irmão aquele que é uma benção na igreja, um amor dentro de casa, um exemplo no serviço… Já no happy hour, nas férias, no lazer, nas viagens… Lá vale tudo. Não, não. Isso também não está certo.
Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês! Pecadores, limpem as mãos, e vocês, que têm a mente dividida, purifiquem o coração. Tiago 4:8.
3. Discipulado, células, evangelismo, igreja…
Um dos fatores para que eu vivesse o avivamento na minha vida foi o discipulado. O Pr. Samuel Piangers começou a me discipulador quando eu estava morrendo espiritualmente e me ajudou a ter vida de novo, voltar ao primeiro amor. Porém, essa foi apenas uma parte do processo. Ele, ficou do meu lado e me segurou para não cair nas inconstâncias. Como uma haste amarrada em uma arvorezinha.
Não somente isso, mas me integrou em uma grande família de fé, onde eu pude ser conhecido profundamente em uma célula e servir com intensidade em um corpo. Com tudo isso, foi natural que eu quisesse que todos experimentassem o mesmo: Ou seja, eu queria evangelizar!
Ministração
Você está vivendo no primeiro amor?
O que evidencia isso?
Onde estão as suas mudanças?
Onde está o seu crescimento?
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