terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A dívida

Muitos ministérios começam muito bem e de repente, parece que se perdeu a essência do trabalho. O que está acontecendo?
Imagine um homem. Ele tem seu nome limpo e tem crédito na praça. Decide abrir um comércio e o faz. Para tal, contrai um empréstimo e compra as mercadorias no crédito. Desejando ver seu comércio progredir, começa a colocar os preços abaixo do valor de mercado. Seu empreendimento é um sucesso. Muitas vendas, enormes carregamentos chegando, gente para todos os lados, é o assunto da cidade. Pessoas já começam a dizer: “Vamos todos comprar lá, o preço e o atendimento são melhores”.
Com o passar do tempo, este homem já não consegue mais vencer seus compromissos e passa a dever para os fornecedores. Estes por sua vez, não lhe entregam mais os produtos. Os clientes começam a reclamar porque os preços começam a subir. Alguns funcionários são demitidos para conter os gastos, outros têm seus salários reduzidos e acabam por pedir demissão. Por fim, o grande comércio se tornou uma pequena ‘venda’, e todos olham para o homem. Alguns com pena, outros com tristeza... Todos, porém, sabendo que ele fracassou. “Se um de vocês quer construir uma torre, primeiro senta e calcula quanto vai custar, para ver se o dinheiro dá. Se não fizer isso, ele consegue colocar os alicerces, mas não pode terminar a construção. Aí todos os que virem o que aconteceu vão caçoar dele, dizendo: Este homem começou a construir, mas não pôde terminar!” Lc 14.28-30.
Muitos ministérios começam bem, mas acabam se afobando e contraindo dívidas. Irmãos que se desentendem e já não mais pedem perdão... Pessoas apaixonadas por Jesus e por ganhar almas, que agora já não tem mais o mesmo brilho nos olhos... Dívidas.
Não existe mais aquela alegria de servir e aprender. Os irmãos já orgulhosos e ‘espirituais’ não conseguem aprender uns com os outros, na beleza do quotidiano. As palavras predominantes se tornam “isso eu sei” e “a culpa é dele”.
Antes, sentiam-se honrados por conversar com o pastor, agora, o tratam como funcionário, que precisa obedecê-los... Dívidas.
Igrejas endividadas, com dívidas desta natureza, não prosperarão. É preciso zerar o caixa, perdoar, para que então possa tal congregação recomeçar. Se este é o caso de sua congregação, comece por ti. Ore, perdoe, ame. Adote uma postura de humildade e serviço. E que o Espírito Santo nos capacite.

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