quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Dimensões na batalha espiritual

Em Êxodo 17.8-13 encontramos a narração de um acontecimento maravilhoso. O povo de Deus, recém-saído do Egito, encontra agora um novo adversário. Os amalequitas pretendiam ataca-los. O líder do grupo era Moisés, homem escolhido por Deus para essa tarefa. Ele já havia sido provado pelo Senhor em várias circunstâncias e estava aprendendo a cuidar das ovelhas do Senhor. Chama um de seus liderados, Josué, e dá a este a tarefa de escolher alguns homens dos hebreus para lutarem contra os amalequitas. Aqui começa a primeira questão. Por que Josué? Será que o povo não ficou se perguntando? Será que as papais corujas não ficaram murmurando, desejando que o seu filho fosse o escolhido? Não sei se Moisés tinha consciência do que estava fazendo, mas, isto já era direção de Deus, desejando preparar Josué para ser o novo chefe do grupo. Muitas vezes as decisões dos pastores e líderes não são compreendidas. Às vezes nem mesmo nós sabemos porque decidimos por algo. Mas o Senhor que nos chamou, vai colocando dentro de nós uma sabedoria da parte dele, uma santa intuição que nada mais é do que a direção do Espirito Santo. Josué é escolhido e a ele delegada a ele a tarefa de escolher os demais guerreiros.
A segunda informação quanto a estratégia de guerra mosaica também soa estranha. Subir na colina? Para que? Que história de vara de Deus é essa? O lugar do pastor é no meio das ovelhas, mas também sobre a colina para ter “visão”. Moisés subiu a colina, e junto com ele o chamado para ser o pastor dos hebreus, representado por seu cajado. Além da unção derramada pelo Senhor sobre Moisés como seu filho, representada pelo cajado, estava a unção do Senhor derramada sobre o ministério, sobre a função de Moisés. Assim como o manto de Elias representava a unção da função/ministério que estava sobre ele.
Enquanto Josué e os guerreiros lutariam na dimensão natural, Moisés lutaria na dimensão espiritual. Ele tinha entendimento de que sempre por traz de um conflito natural existe uma realidade espiritual. Nenhuma guerra acontece sem o envolvimento de espíritos malignos. Esse discernimento muitas vezes foge do entendimento dos crentes, que acabam brigando em suas igrejas, sem perceberem que assim estão servindo ao próprio Diabo.
Enquanto os guerreiros na dimensão natural vaziam sua parte, Moisés fazia a sua na parte espiritual. Qual era mais importante? O cansaço de Moisés logo responderia essa pergunta. Exausto, baixava as mãos e os hebreus começavam a ser derrotados. Erguia novamente os braços e prevaleciam. Estratégias humanas e dedicação são boas, entretanto, sem o embate espiritual não valem nada! Sem Moisés, o exército de Josué seria destruído.
Porém Moisés já não tinha mais o vigor dos tempos de príncipe do Egito. Ai está o que muitos pastores e líderes esquecem... Precisamos de ajuda! Sozinho a guerra estava perdida. Entretanto Arão e Hur seguraram as mãos de Moisés! Uma igreja que não sustenta as mãos de seu pastor está destinada ao fracasso. Pastores devem ser sustentados pela congregação e cuidados por ela para que por sua vez, possam pastorear. É um cuidado recíproco. No início, Moisés conseguiu sozinho, porém isso lhe custou a exaustão. Arão e Hur estavam atentos, rolaram uma pedra, seguraram os braços de seu líder. Afinal, a vitória de Moisés nada mais seria do que a vitória deles mesmos! Uma liderança que não auxilia seu pastor está decretando o próprio fracasso!
O Senhor manifestou sua graça multiforme. Usou a capacidade de liderança de Josué, as mãos dos guerreiros, a dedicação de Arão e Hur e as mãos de Moisés. De quem foi a vitória? Do Senhor, através de e para, os hebreus.

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